Muita gente morre de medo da tesoura e não abre mão do comprimento de jeito nenhum. E aí, quando ouvem falar em big chop quase têm um siricutico! Isso porque a idéia enraizada que temos de big chop é um corte curtíssimo e radical para retirar as partes alisadas. Na tradução literal, big chop quer dizer “grande corte”, então a associação até faz sentido. Na prática, o big chop não precisa ser curto: você pode esperar os fios crescerem até a altura que se sentir confortável pra cortar.
Um big chop mais curto te dá a oportunidade de facilitar os cuidados já que elimina o alisamento e deixa só seu cabelo natural. Sem contar que pode ser a oportunidade para experimentar um visual diferente. Como dá para ver nas fotos abaixo, escolhi um big chop bem curtinho. Foi uma fase ótima e muito prática em termos de cuidado. A segunda foto é meu cabelo atual.
É possível passar pela transição capilar sem big chop?
Se a ideia de um corte para retirar todas as partes alisadas em definitivo te assusta, uma possibilidade é optar por pequenos cortes regularmente. Cortar o cabelo aos poucos representa uma mudança gradual, contribui para que você conheça e se acostume com a forma, o volume e outras características do seu cabelo natural. Além disso, cortes periódicos ajudam a manter a forma e o balanço dos cabelos. Então a resposta é SIM, é possível passar pela transição capilar e assumir o cabelo natural sem fazer o big chop, isto é, sem fazer um “grande corte” de uma só vez.
É possível passar pela transição sem cortar o cabelo?
Colega, infelizmente eu tenho que te dar uma má notícia: não dá para deixar de cortar as partes alisadas esperando que elas voltem “naturalmente”. Isso porque na maioria dos casos os processos de alisamento são definitivos. Com o crescimento capilar a tendência é que o cabelo assuma duas texturas – parte natural, parte alisada – que costumam dar um tantinho de trabalho na hora de finalizar. O corte é então um instrumento para trazer leveza e permitir que essa textura natural que está chegando desabroche de vez.
E por falar em “químicas”, outro ponto importante é que os procedimentos que prometem “desprogressivar”, “devolver os cachos” instantaneamente e dispensar o corte geralmente não têm nada de natural. Em muitos casos, tratam-se de outros processos químicos para realinhar a fibra capilar e atribuir uma “nova forma” através de técnicas como o uso de bigudis. Despendendo do estado dos fios, aplicar esse tipo de produto pode deixar o cabelo ainda mais fragilizado, quebradiço e sem forma, prejudicando inclusive a textura nova que já estava aparecendo. Por essa razão não recomendo”desprogressivas”, “permanente” “botox”, “selagem” e afins aqui no blog, mas é claro que você tem toda a liberdade para optar pelo caminho que julgar mais adequado. Pesquise bem e faça escolhas com consciência sempre.
Por fim, como já comentei num post aqui do blog, nossos crespos, cacheados e ondulados têm muito a ganhar com um bom corte. A tesoura está longe de ser nossa inimiga! Então seja curto, médio ou longo, se jogue num bom corte e aproveite a fase de transição capilar para se redescobrir!
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