Por que assumir o cabelo natural é um ato político?

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A transição capilar é um processo de volta ao cabelo natural que começa através da interrupção da utilização de produtos para alisar ou relaxar os cabelos e termina após o corte de todas as partes alisadas, mantendo apenas a textura naturalmente ondulada, cacheada ou crespa. Mais do que um processo com fins estéticos, o uso do cabelo naturalmente crespo e a transição capilar pode ser visto como um ato político. Para discutir sobre o assunto, separei nosso debate em alguns tópicos, vamos lá!

Discursos sobre a raça no Brasil

A produção de discursos em torno da raça variou muito ao longo do tempo. Durante a colonização, acreditou-se que o trabalho árduo poderia afastar os povos escravizados se afastariam da barbárie e da bestialidade do contexto de origem: o continente africano. (SANTOS, 2014, p.18) No território brasileiro, aos poucos, a diversidade de povos arrancados do território de origem foi ganhando uma caraterização generalizante: “negros”. 

Após a abolição, a constituição de uma nação formada por ex-escravizados negros, negras, “mestiços” e “mestiças” coloca-se como desafio. “Nesse contexto, as pessoas brancas eram vistas como biológica, moral e intelectualmente superiores a negros/as e amarelos/as e indígenas, sendo a miscigenação compreendida como algo que enfraquecia grupos, pois os filhos/as mestiços/as incorporariam as qualidades do grupo racial inferior” (GPP – GeR, 2010, p.71)

É diante de um processo de transformações que um projeto de “povo brasileiro” se coloca em discussão. Para alguns intelectuais, a “mistura de grupos raciais” era uma saída para o “problema”, para outros, tais relações só poderiam trazer “seres degenerados”. No século XX estímulos à imigração se desenvolvem no Brasil e explicitam qual foi então a opção encontrada diante da questão racial: um projeto de embranquecimento do país, isto é, “um processo histórico, social e racial pelo qual o país depuraria sua população negra através do ingresso e mistura de brancos/as europeus/eias no país”. (GPP – GeR, 2010, p.71). Brancos de origem desembarcaram no Brasil não apenas como mão de obra para trabalhar nas lavouras, mas também por sua ascendência racial.

Nas primeiras décadas do século XX, mais especificamente em 1933, a publicação de “Casa-Grande e Senzala” marca a difusão do mito da democracia racial brasileira. Na obra, um destaque significativo é dado à interpenetração cultural presente na dominação patriarcal portuguesa como modo de explicar a formação brasileira. As “relações íntimas” (por vezes estupros e abusos, diga-se de passagem) entre senhores e escravos são tidas como um aspecto democratizante das relações sociais estabelecidas. A perspectiva contrastante do autor pauta-se na consideração da experiência da colonização como um processo de caráter harmônico e equilibrado, consagrando a cada raça sua contribuição para a constituição nacional. Evidencia-se, assim, a visão adotada do Brasil como um paraíso racial que sobrevive ainda hoje para alguns, mas que também divide espaço com outras. 

O livro “Racismo Cordial”, por exemplo, escrito por Cleusa Turra em publicado em 1998 destaca uma pesquisa realizada pela Datafolha sobre preconceito racial no Brasil. O livro trata de uma das faces do racismo brasileiro, a saber, a cortesia superficial que encobre o racismo das relações e que se manifesta por meio de piadas, brincadeiras, ditos populares, etc. No Brasil, há noção de que existe racismo sem que os agentes sejam identificados. (GPP – GeR, 2010, p.100)  

Tomando emprestado a definição de racismo da Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça (GPP-GeR) para tratá-lo como um “conjunto de ações, ideias, doutrinas e pensamentos que estabelece, justifica e legitima a dominação de um grupo racial sobre o outro, pautado numa suposta superioridade do grupo dominar em relação aos dominados. Num regime em que prevalece uma logica racista, os recursos das mais diversas ordens (econômicos, políticos e simbólicos) são distribuídos seguindo a logica desigual da hierarquia social vigente”. (GPP – GeR, 2010, p.100)

É nesse sentido que as relações raciais no país são caracterizadas pela desigualdade e pela posse de mais recursos simbólicos, financeiros, políticos e comunicacionais por parte de determinados grupos.  As possibilidades de contestação e resistência estão diretamente associadas a um contexto específico. Assim, períodos democráticos ou de redemocratização alteram diretamente as dinâmicas ligadas ao movimento negro. (GPP – GeR, 2010, p.179-184).

Num contexto recente, em diversos países africanos e também em outros países colonizados como o Brasil, a raça ganhou novos desdobramentos e tornou-se um “ instrumento aglutinador identitário que operou a retomada de autonomia política e conscientização histórica e cultural desses mesmos povos agora dignificados”. (GPP – GeR, 2010, p.62). Dessa forma, a produção de uma cultura negra é pensada como um processo hereditário pautado na luta por afirmação étnica.

Assim, as discussões sobre o que é ser negro/negra no Brasil ganham interpretações outras e debates sobre identidade e as intervenções corporais encontram terreno fértil para se desenvolverem como um tópico na agenda do movimento negro. Nesse percurso, os uso do cabelo natural, os penteados e as amarrações de turbante são tidos como reencontro com a estética negra e resistência política. O crescimento de feiras negras, o afroempreendedorismo, a construção de mídias negras produzem novos espaços de interação.

Identidade e cabelo natural

Ao falar do próprio cabelo naturalmente crespo, muitas mulheres e homens afirmam que se tal traço é parte de sua “identidade”. Entendo que algumas pessoas podem tecer uma crítica ao uso dessa palavra por temer que ela guarde uma concepção muito fechada e essencializada de pessoa. Particularmente, pelo menos no contexto de escrita acadêmica, já não gosto muito dessa recurso. Por outro lado, na falta de palavras para expressar minha relação com meu cabelo, sou uma dessas mulheres que toma o cabelo natural como parte da identidade. Vejamos agora que discussão podemos tirar disso.

Como nos ensina Woodhard (2002), as  identidades não surgem em um vácuo, mas são parte de um diálogo entre a subjetividade e a cultura.Todos nós somos confrontados por discursos que nos situam no mundo, que nos classificam e nos atribuem (ou tentam atribuir) lugares. Esses sistemas de classificação colocam as fronteiras do permitido e do proibido, do certo e do errado, do legal e do ilegal e variam em tempo e lugar. É através da linguagem que acessamos os sistemas de classificação e que nos inserimos no mundo. 

Assim, cada um de nós falamos de diferentes lugares e temos diferentes expectativas e restrições.  (Woodhard ,2002, p.30). Então estamos falando aqui que os constrangimentos se configuram não só num plano “simbólico”, mas que existem efeitos reais e desvantagens materiais. As identidades se situam em relações de poder e geram conflitos de modelos de significação e de ordem material. Com isso quero dizer que a discussão sobre identidade não se restringe a um plano subjetivo. Para Woodhard, “[..] nós vivemos nossa subjetividade em um contexto social no qual a linguagem e a cultura dão significado à experiência que temos de nós mesmos e no qual nós adotamos uma identidade.” (Woodhard, 2002, p.55) Sendo assim, a identidade possui um caráter que é relacional e se constitui a partir do contexto em que vivemos e das relações que formamos. 

A formação da identidade como parte das relações com poder também aparece em “Estabelecidos e Outsiders” de Nobert Elias (2000). Na obra, o autor trabalha o modo como as diferenças marcadas entre os grupos de forma hierárquica podem contribuir para o surgimento de certos constrangimentos. Nessa lógica, as microrrelações diárias reforçam a lógica da submissão e da inferioridade atribuída a um grupo. Ao colocar-se como superior, determinado grupo estigmatiza e diminui outro grupo, e nesse movimento, postula suas concepções, normas sociais e comportamentos como hegemônicos. Esse é um processo coletivo, cotidianamente reafirmado e intersubjetivamente construído.

Assim, o racismo não é resultado de uma ação pontual, mas é construído e alimentado. Do mesmo modo, o preconceito em relação ao uso do cabelo naturalmente crespo é reafirmado através de falas e constrangimentos cotidianos. Mulheres que usam seus cabelos naturais sabem das comparações e chacotas. O cabelo crespo ainda é percebido como “ruim”, “duro”, “desleixado”, “inadequado” para profissões de destaque, coisa de quem “está sem dinheiro pra alisar”, perigoso porque “pode pegar carrapato/pilho”.

Na fala popular, nascer de cabelo “bom” é nascer de cabelo liso e muita gente sabe disso sem a necessidade de explicar. Tal coisa não precisa ser explicada na medida em que o cabelo liso é uma espécie de “identidade normal”. A ideia de que nascer de cabelo bom é ter cabelo liso está enraizada e por isso “bom” não poderia ser outra coisa senão “liso”. Quando a crítica sobre um  padrão de beleza ligado ao cabelo liso é acionada, é no sentido de que por muito tempo essa identidade foi “normalizada” no sentido de elegida como parâmetro ideal.

“Fixar uma determinada identidade como a norma é uma das formas privilegiadas de hierarquização das identidades e das diferenças. A normalização é um dos processos mais sutis pelos quais o poder se manifesta no campo da identidade e da diferença. Normalizar significa eleger – arbitrariamente – uma identidade específica como o parâmetro em relação ao qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. Normalizar significa atribuir a essa identidade todas as características positivas possíveis, em relação às quais as outras identidades só podem ser avaliadas de forma negativa. A identidade normal é “natural”, desejável, única. A força da identidade normal é tal que ela nem sequer é vista como uma identidade, mas simplesmente como a identidade. Paradoxalmente, são as outras identidades que são marcadas como tais” (idem).

Resistência e transição capilar

Considerando a história brasileira, o espaço para a contestação aberta contra o racismo é muito recente. Antes disso, era por meio do que pode se chamar de “microresistências” cotidianas que muitos negros e negras reagiam. Conforme Alicianne Gonçalves de Oliveira, somente a partir da década de 1970 que esse ‘quase silêncio’ começa a ser rompido, quando o movimento negro começa a se organizar politicamente de maneira mais formal e associativa. (Oliveira, 2015).

Conforme dito no início desse texto, dentre os tantos aspectos de enfrentamento do racismo, escolho destacar aqui o uso do cabelo natural. Sobre as mulheres que passam pelo processo de transição capilar, Natana Alvina Botezini afirma: “a agência que essas mulheres desenvolvem em seu cotidiano aceitando um fator da sua corporalidade – o cabelo natural – e lutando contra as categorias do padrão estético dominante, constitui uma forma de micro poder que se traduz num fator de visibilidade e principalmente, de auto-reconhecimento. E é justamente através desse auto-reconhecimento que elas enquanto grupo são reconhecidas política e socialmente.” (Botezini, 2014)

A esse respeito, é impossível não mencionar Nilma Lino Gomes, autora de um belo trabalho sobre os em salões de beleza étnicos em Belo Horizonte. A autora acredita que, por maiores que tenham sido as tentativas de resistência da população negra, persistiu historicamente um olhar “desencontrado” do negro sobre si mesmo e sua cultura, o que permitiu uma aceitação e internalização parcial das concepções racistas de uma superioridade branca (Gomes, 2012).  A autora refere-se assim a um contraditório processo de rejeição/aceitação em que sujeitos negros experienciam cotidianamente em uma sociedade racista. Gomes (2012) afirma que esse processo “pode resultar na rejeição de elementos do corpo que passaram a ser considerados como os que mais atestam o pertencimento à raça negra. Desses, os principais são a cor da pele e o cabelo” (Gomes, 2012). A partir do pressuposto que o estético é político, Nilma identifica os salões étnicos como espaços de resistência:

“Os salões revelam-se mais do que como microempresa ou como lugares de embranquecimento. Eles são espaços da comunidade negra. Nesses espaços, a identidade negra, conquanto processo, é problematizada, discutida, afirmada, negada, encoberta, rejeitada, aceita, ressignificada e recriada.”(Gomes, 2012).

O movimento em torno da valorização e ressignificação dos cabelos crespos não se restringe aos espaços dos salões étnicos. É um processo difícil de ser analisado, especialmente por não ser um movimento formal, organizado, instituído. Trata-se de um processo vivido de maneira individual e coletiva. 

O alisamento ou não dos cabelos carrega significados  construídos historicamente, configurando, assim, a transição capilar como um ato de posicionamento político. Quanto a isso, Mariana Marques Tavares argumenta:

É impossível desvincular a estética capilar negra de seu uso político. Por ser uma linguagem (Gomes, 2008), o uso do cabelo sempre comunica algo, que transcende a vontade ou  determinação íntima do sujeito. Em um contexto de racismo, é impossível desvincular o alisamento da opressão a que a corporeidade negra é sujeita. Assim como é impossível utilizar os cabelos crespos sem que a mensagem de uma quebra com o status quo esteja presente. (…) As significações do corpo são coletivamente estabelecidas, e a identidade é construída não somente a partir do nosso olhar sobre nós mesmas, mas também a partir do olhar do outro sobre nós e do nosso olhar sobre o olhar do outro sobre nós.” (Tavares, 2014)

Cabelo natural e representações midiáticas 

Propaganda de 1952 da Esponja de aço “Krespinha”. “No Rio, todos me conhecem. Sou Krespinha – a melhor esponja para a limpeza da cozinha. As paulistas também vão me querer bem”. Fonte: Propagandas Históricas

Os cabelos crespos foram representados durante muito tempo como  “difíceis de lidar”, “ruins” e “rebeldes”. O uso do cabelo natural também esteve por muito tempo associado ao desleixo e à falta de dinheiro. Parte desse imaginário sobrevive na cultura brasileira e pode ser identificado a partir de um olhar cuidadoso sobre a representações midiáticas do cabelo natural. Na televisão ou na internet, diversas propagandas de escovas e produtos alisantes colocam em oposição um cenário inicial na qual as modelos usam seus cabelos naturais e apresentam a expressão de frustração diante dos fios volumosos e frizzados. A insatisfação dá lugar à alegria diante dos cabelos alisados através dos produtos anunciados.

Recentemente essas representações têm dividido espaço com propagandas voltadas para produtos destinados aos cuidados com o cabelo natural. A abertura do mercado para esse público e a representação positiva que vem sendo construída em torno do cabelo cacheado/crespo mostra que os discursos em torno do uso do cabelo natural encontram-se em disputa e podem ser configurados e reconfigurados constantemente.

Na internet o crescimento de blogs, páginas e grupos voltados para os cuidados com cabelos crespos e cacheados se multiplica. A criação de novos espaços de representação, troca de informações e construção de conhecimento acerca do cabelo natural aponta para a importância do uso da internet e das novas tecnologias para conectar a experiência daqueles e daquelas que desejam usar o cabelo natural. Mas para além do cuidado estético, interessa-nos aqui observar que o uso desses recursos comunicacionais têm sido também um meio para que lutas sociais sejam colocadas em pauta como a luta contra o racismo e o genocídio dos jovens negros. 

Bennett & Segerberg (2012) apontam no cenário de confrontos políticos contemporâneos o crescimento de “novas formas de ação, mais personalizáveis e digitalmente mediadas”. Essas mídias por vezes são utilizadas como fontes de informações alternativas a organizações jornalísticas convencionais. (p.10) A despeito disso, embora os blogs, sites e grupos que incentivam o uso do cabelo natural não disputem espaço diretamente com organizações jornalísticas, há uma disputa de discurso inegável com outros setores que tradicionalmente são produtores de conhecimento sobre métodos e práticas associadas ao cabelo: salões da beleza e profissionais da área, grandes marcas, revistas especializadas, etc.

O surgimento de novos atores diretamente ligados à experiência de transição capilar e uso do cabelo natural é um novo elemento desse cenário. Conforme novos atores questionam a necessidade de representação positiva de negros nos conteúdos veiculados em jornais, revistas, novelas e propagandas, esses atores que agora ocupam espaços comunicacionais também constroem representatividades. Assim, nas redes sociais a transformação do cabelo cacheado/crespo em cabelo liso antes tida como uma experiência desejável nas propagandas de escovas e produtos alisantes, são substituídas nos blogs, páginas e grupos por outras imagens de “Antes x Depois” valorizando o retorno ao cabelo crespo e positivando a experiência dos cabelos naturais.

Ao realizar um mapeamento das redes sociocomunicacionais de pensamento e ativismo de afrobrasileiros, Cogo e Machado (2010) apontam o movimento negro como “uma instância não homogênea cuja pluralidade é tributária da própria intensificação das redes sociais como uma das modalidades de relacionamento e mobilização das sociedades contemporâneas”. (p.3) Para Cogo e Machado (2010), vivemos num cenário em que os “movimentos que não se constituem mais unicamente como formas de organização coletivas centralizadas, mas que podem comportar dimensões inventivas e solidarísticas, configurando-se como redes sociais complexas que atuam através da combinação de dimensões locais, nacionais e transnacionais” (idem) As autoras apontam o uso das tecnologias de comunicação pelo movimento negro como um modo de exercer cidadania comunicativa.  

“Cidadania que, ao se definir pela democratização do acesso e participação da sociedade na propriedade, geração e distribuição dos recursos comunicacionais, pode produzir modalidades de participação das populações negras na gestão de políticas de representação pública de sua diversidade cultural e de suas demandas históricas específicas por inclusão e igualdade.” (COGO & MACHADO, 2010, p.4)

Com tudo isso, espero ter abordado alguns elementos para pensar o uso do cabelo natural como um ato político e sua ligação com contextos mais amplos. 


ATENÇÃO: Texto completamente reescrito e atualizado em: 24/05/2017.

Este (novo) texto é uma adaptação de um trabalho de conclusão de disciplina. Por essa razão, divido os créditos e dedico agradecimentos especiais a Filipe Reis, João Victor Martins Saraiva, Raul Lansky e Tomaz Salles. 

Referências Bibliográficas

BENNETT, Lance W.; SEGERBERG. Alexandra.  The Logic of Connective Action – Digital Media and the Personalization of Contentious Politics. Information, Communication and Society, v. 15, n. 5, p. 739-768, 2012. Tradução de Filipe Motta

BOTEZINI, Natana Alvina. Cabelos em transição: um estudo acerca da ifnluência dos cabelos afro como sinal diacrítico e reconhecimento étnico. 2014. 38º ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS GT32 – RELAÇÕES RACIAIS: DESIGUALDADES, IDENTIDADES E POLÍTICAS PÚBLICAS

COGO, Denise; MACHADO, Sátira. Redes de negritude: usos das tecnologias e cidadania comunicativa de afro-brasileiros. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Caxias do Sul, RS – 2 a 6 de setembro de 2010. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-1650-1.pdf>. Último acesso em: 15/06/2016

ELIAS, Norbert & SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders: a sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

FIGUEIREDO, Angela (2002). Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada: identidade, consumo e manipulação da aparência entre os negros no Brasil. Texto apresentado na ANPOCS, mimeo.

GEBARA, Ademir. Escravos: fugas e fugas. 1986. Revista Brasileira de Hitória. V.6 N.12

Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça GPP – GeR Módulo III/ Orgs. Maria Luiza Heilborn, Leila Araújo, Andreia Barreto. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.

GIACOMINI, Sonia Maria. Mulher e escrava: Uma Introdução ao Estudo da Mulher Negra no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes. 1988.

GOMES, Nilma Lino. 2012. “Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra”. Link: ttp://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/Corpo-e-cabelo-como-s%C3%ADmbolos-da-identidade-negra.pdf

 

OLIVEIRA, Alicianne Gonçalves de. 2015. Artigo disponível em : periodicos.ufsm.br/animus/article/download/17800/pdf

DA SILVA, Tomaz Tadeu. A produção social da identidade e da diferença. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, p. 73-102, 2000.

SANTOS, Joice. “Em nome do Pai, do filho e da Real Fazenda”. Revista de História da Biblioteca nacional. Ano 10, n° 108, 2014, p.18.

TAVARES, Marina Marques  . 2014. Fio condutor: uma reflexão inicial sobre as relaçoes de poder que perpassam o cabelo da mulher negra brasileira.

WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, Vozes: 2000. pp. 07-72.

Maressa De Sousa

Maressa, 31 anos. Pós graduada em Tricologia e Ciência Cosmética. Técnica em Terapia Capilar. Cientista Social, mestra em Antropologia. Cabeleireira especialista em curvaturas.

Blog Comments

Com certeza! Concordo e apoio,penso que assumir os cachos não é questão de modismo,e sua identidade e sua natureza!!! e nada mais belo do que ser linda naturalmente…
Amo meus cachos e sou mais bonita assim.

Que ótimo que você entendeu nossa mensagem! =D

Um beijo! ♥

Gostei do post, alias, gosto de todos! Acho muito legal essa pegada de feminismo negro q vcs têm (intencionalmente ou não rs). Esse foi ate o tema do meu tcc. Mas uma resalva que gostaria de fazer é com relaçao a algo que venho percebido no discurso de quem optou em assumir os cachos… Eu assumi os meus há menos de um ano, ate entao era refem da chapinha desde os 15 anos, hj tenho 24. Estou amando ser eu mesma, sofrer menos com o calor, não me importar com esteriotipos idiotas e etc..mas as vezes gosto de variar e escovar ele. Bom, o que tenho percebido aqui é que existe uma critica a quem muda a estrutura do cabelo com chapinha ou quimica e ao mesmo tempo há tbm a defesa da liberdade de escolha (?), pelo menos é assim que eu interpreto a “politica cacheada”. Uma contradiçao que noto é que a maioria das cacheadas, ate mesmo donas de blogs, mudam as cores dos seus cabelos. Ora, isso tbm é uma mudança, nao de estrutura mas de cor. Qual o criterio para não ver com bons olhos quem muda os fios de um jeito (no caso a estrutura) mas nao falar nada sobre quem muda de outro jeito (no caso a cor)? No meu caso eu faço luzes e não pretendo usar a cor natural, então não estou julgando quem pinta ou descolore, só estou fazendo uma observaçao a uma contradiçao que observo em quem deseja romper um padrão para gerar outro tão imposto quanto. Não vejo sentido em dizer: vc tem que assumir seus cachos, mas a cor…ah…deixa pra la, essa vc pode escolher!

O que quero dizer com tudo isso é que a liberdade plena e real é o que importa. Quem pinta o cabelo não pode julgar quem alisa. Quem alisa não pode julgar quem cacheia. Ninguem pode julgar ninguem, nem mesmo quem é 100% natural. O que deve ser levado em conta é quem se curva pra algo que lhe é imposto e consequentemente reprime suas vontades particulares. Eu não critico quem alisa, pinta ou raspa o cabelo. Eu critico quem faz isso para os outros e não para si mesmo, quem faz o que faz só para se enquadrar e não por vontade própria. Não estou querendo dizer que vcs do blog estão virando “ditadoras” e blablabla, pois noto que vcs são sempre responsáveis com o que dizem e evitam ao máximo os discursos de ódio tão comuns na internet, admiro isso. Mas so penso que devem tomar mais cuidado em criticar, mesmo que de forma sutil e doce, quem alisa o cabelo. Senão da ditadura do liso passaremos a ditadura do natural, e não existe ditadura melhor ou pior que a outra. Digo isso pq acho que uma menina que alisa o cabelo pq gosta de verdade se sentiria julgada com as ideias expostas por quem cacheia e, o ideal seria que todos se sentissem a vontade não é mesmo?

No mais, peço desculpa pelo texto gigante e que ele não seja visto como uma crítica hostil, mas sim como uma resalva visando a evoluçao do blog e do pensamento de todas nós, pq pensar e refletir sobre o que pensa é sempre bom!^^
Bjo meninas!

Olá Bárbara. Tudo bem? Peço licença à Lari, pra responder esse seu comentário.Logo quando comecei a perceber que o ato de assumir o meu cabelo “natural” era mais político que estético, muitas vezes acabei sendo preconceituosa e quis impor a minha decisão a todo custo (principalmente na minha casa, onde tanto a minha mãe quanto minha irmã utilizam relaxamentos). Muitas pessoas quando largam os alisamentos e relaxamentos, automaticamente criam repulsa a esse tipo de química. E na maioria das vezes, “repudiam” pessoas que não tomaram a mesma decisão. Hoje, eu sei o quanto isso é errado. Criar um padrão e desconstruir outro, desvaloriza todo o discurso que tentamos propagar. Afinal, a discriminação não pode ocorrer de forma alguma. E isso independe de cabelo. O cabelo cacheado como ato político, engloba muito mais do que o simples fato de “deixar o cabelo crescer cacheado”, e é uma vertente do discurso contra o preconceito racial.A respeito de tinturas, concordo com você, e até já falei sobre isso aqui. É química? Claro que é! Muda? Claro que muda? Mas onde está o verdadeiro significado de tingir os cabelos? Pra mim, só potencializa o meu grito de liberdade. Porque eu passei a vida toda ouvindo que não poderia pintar meu cabelo dessa ou daquela cor porque sou negra e tenho cabelo crespo. Mas faço isso, porque gosto de me expressar dessa forma, não porque estou insatisfeita com a cor natural do meu cabelo. Eu tento ao máximo influenciar as pessoas à assumirem seus cabelos naturais, não porque acho errado mudar a estrutura do cabelo, mas porque eu sei o quanto é bom sair na rua e mandar um grande “foda-se” pros padrões de beleza que a sociedade tenta impor. Mas se qualquer dia desses, me der vontade de usar chapinha, eu uso também, e ai de quem vier cheio de mimimi pro meu lado. Aqui no blog, nossa política é de não incentivar químicas de relaxamentos e alisamentos (ou qualquer outra que mude a estrutura capilar), e apesar de não discriminarmos quem opta por isso, tentamos mostrar o porque deixar as químicas interfere na desconstrução do padrão de beleza imposto e na valorização e aceitação da beleza negra. Mas cabe a cada um avaliar se deve ou não, se quer ou não e principalmente, se sente-se bem ou não. Adorei o seu comentário, viu? Nós estamos sempre abertas a opiniões, acho isso super importante. Beijo :*

Obrigada Ster! Tbm gostei da sua resposta. Creio que assim as demais meninas que frequentarem o blog irão ficar mais a vontade e assim podem ate assumir os cachos com mais levesa e sem pressão. Frequento o blog há pouco mais de um mês e estou gostando muito. Inclusive indico o blog pra algumas amigas cacheadas e, assim que voltar a ter um face vou curtir a página tbm e ajudar na divulgaçao, pois as recém cacheadas (assim como eu) e mesmo as mais antigas precisam de apoio constante pois já basta o julgamento de toda uma sociedade com paradigmas estéticos muitas vezes desumanos. Tbm vejo meus cachos como um ato politico e tbm pq me acho mais sexy e “rebelde” com eles..rsrs. Obrigada por deixar mais clara a filosofia e a intençao do blog!
Grande bj! ;*

Não tem de que Bárbara! Fico muito feliz por estar acompanhando o blog, e também por ter conseguido explicar. ^^

Olá, tenho 15 anos e estou passando pela transição. Descobri o ”Cacheia” e junto um grande incentivo para não desistir do que estou fazendo.
Ao ler esse texto, um dos melhores que já li sobre o assunto, a vontade de redescobrir como eu sou de verdade só cresceu, parabéns por levantar esse discurso e dar apoio a meninas/mulheres que como eu estão lutando contra esse estereotipo criado pela mídia em geral.
Desejo muito sucesso ao blog e a todos que colaboram (:

Daniela, fico feliz em ajudar, o intuíto do Cacheia é propagar a mensagem de aceitação, amor próprio e dar apoio a meninas como vocês!

Obrigada pelos elogios e volte sempre!

Beijos!

Eu sou um grande amante da música,mas o meu verdadeiro amor é o Metal Extremo.É sabido que no Metal o padrão é que homens usem cabelos longos,mas como é um gênero oriundo no hemisfério norte só se vem cabeleiras lisas,raramente você acha um cacheado,negros menos ainda e quando acha geralmente é careca ou usa dreads.Foi por isso que eu decidi mudar,até o gênero destruidor de padrões tem os seus.Mesmo tendo um black cheio de cachos 4A que dão uns aspecto de 4B eu decidi me assumir e representar as minhas raízes nesse gênero que luta pelas suas.
ótimo texto La. ;)

Que bacana Ulisses, você tem coragem hein? ♥ Falo isso porque é realmente raro ver meninos se assumindo, aqui no blog temos uma categoria chamada Eles também podem onde outros meninos contam suas experiencias, se quiser participar entre em contato pelo inbox da nossa fanpage ou email.

Obrigada pelos elogios ♥

É por essa e outras que eu amo esse blog… Falou exatamente o que tinha quer ser dito, depois que assumi minhas raízes encontrei a mulher da minha vida, a mulher que tinha o padrão que eu tinha que seguir, e era eu mesma!!!

Adorei seu comentário, parabéns!

Volte sempre, beijos ♥

Gratidão

Nós que agradeçemos ♥

Maravilhoso o texto!! Decidi também me libertar da química… tem pouco tempo… não esta sendo fácil, mas os depoimentos encontrados tem me dado ainda mais certeza do que eu quero. Parabéns a todas do CACHEIA!!! As dicas são ótimas… continuem postando depoimentos para nos incentivar e nos fortalecer durante a transição.

Obrigada pelos elogios, e nosso objetivo é continuar sempre propagando, amor próprio, aceitação e derrubar os padrões impostos.

Oi, AMEI o post, fico tão pra baixo de ver meninas exibindo seus cabelos lisos lá na cintura! Como to na transição to a base da chapinha, soa to com mg medo dela acaba com meu cabelo!

Oi Mari, meu conselho é tome cuidado com a chapinha ela realmente detona os fios, conheço meninas que tiveram que passar por uma segunda transição por causa dela. Procure alternativas como texturizar os cachos, tem post sobre isso aqui no blog =D

Minha história com meu cabelo rende um livro! Meu cabelo sempre foi liso, o da minha irmã cacheado e lindo, somos filhas de mãe branca, loira e do olhos verde com pai negro…Pois que meu cabelo resolveu dar as caras na minha adolescência, oh fase! E não é que ele ficou lindo como o cabelo da minha irmã: o meu fazia uns cachinhos miúdos na nuca e o resto ficava só ondulado. Não me lembro de usar meu cabelo solto sem estar escovado. Minha mãe tentava, mas eu fiquei muito revoltada com essa mudança. Fiz uns dois relaxamentos e, não tendo o resultado que eu queria, fiz um permanente de cachos largos que eu achei lindo-por um mês. Fui escovando até os 22, quando tomei a decisão de fazer um alisamento definitivo. Foi ótimo, mas ao final de três anos meu cabelo estava tão detonado por uma química louca e sem padrão, que resolvi cortar. Tomei vitaminas pra tratar e fazer o cabelo crescer mais rápido- afinal, ia me casar em menos de um ano da data do corte: de Rapunzel a Chanel. Com sete meses de cabelo crescido mas ainda escovado, fiz outro alisamento. E outro, e outro…Até eu decidir que iria engravidar. Comecei a deixar crescer, ainda escovando, e passei por um ano de progressivas, selagens, etc. Na minha última, parei com a pílula, decidi que se quisesse, poderia escovar meu cabelo, mas sem as químicas, iria investir em produtos melhores pro meu cabelo. No mês seguinte, descobri a gravidez. Sempre pedi que minha filha tivesse o cabelo da minha irmã, pois meu esposo é descendente de libanês e eu de negros, então cabelo liso era o menos provável. Meu pedido se concretizou: apesar de ter nascido com cabelo preto e liso, esse caiu, e na cabecinha da minha pequena começou a sair uma cabelinho fininho, loiro e cacheado. Cada dia mais está cheio de cachinhos dourados, que devem escurecer com o tempo. Quando parei de amamentar, ela tinha 1 ano e 3 meses, atormentada pela falta de tempo de mãe de primeira viagem, sem tempo pra academia ou qualquer outra coisa, fui alisar de novo. SE ARREPENDIMENTO MATASSE!! Meu cabelo comprido, que estava sem química alguma, foi frito de forma irreversível e irremediável. Eu chorei por 2 semanas, todas as vezes que lavei meu cabelo, até ir ao dermatologista, que me recomendou uma linha de tratamento muito boa, que amenizou meu problema, não na forma, mas na textura do meu cabelo. Com seis meses do alisamento, fui de Rapunzel a Chanel de novo, escovando o cabelo- não tive coragem de fazer o BC, admiro quem faz, mas na minha fragilidade, não fiz. Três meses depois fiz outro corte, tentando tirar mais da química, mas o cabeleireiro fez um corte de cabelo liso, tiro pela culatra. esperei mais três meses e consegui achar um mãos de fada de cabelos cacheados. Agora estou realmente voltando: sem escovar-que diferença faz um corte bem feito! Quando começou a falar mais( hoje ela tem 2 anos e 4 meses), Minha filha me falava pra “arrumar meus cachinhos”, porque o natural pra ela é ter cachinhos. não quero mais alisar por ela também, além de mim mesma, já faço com ela rituais de hidratar, e mesmo que pra ela seja muita brincadeira, um pouco ela já sabe! Mas ainda tem muito chão nessa briga de cachos no mundo, as pessoas tem muito preconceito desde pequenas…Mas somos melhores quando somos nós mesmas!!! Obrigada pelo trabalho de vocês, que me ajudaram muito!!:D:D:D

Amei ler tua experiencia, espero que você continue firme e forte na tua luta para o cabelo natural e que continue servindo de exemplo e inspiração para tua pequena, diga sempre que o cabelo dela é lindo.

Beijos e volte sempre! ♥

Então gente, minha mãe tem o cabelo afro msm e sempre alisa porque ninguém merece pentear aquilo natural, não dá! O meu é cacheado, porém nunca gostei! Sempre pareço um leão quando ele fica solto, sem contar nos dias de chuva neh, nada baixa os fiozinhos arrepiados ou se vc sentar em uma cadeira de encosto e amassar os cachos também me deixa morrendo de raiva deles, porque se fosse liso isso não apareceria. Sua beleza dura 3 horas após lavado, desde que não passe nenhum vento por ele. Sim cachos são lindos! Mas não suporto meu cabelo!
Porém quando fazia chapinha ele ficava muito pouco e eu me sentia estranha, parecia que a minha cabeça era de E.T. até que comecei usar monovin porém na dose errada, perdi metade do meu cabelo e mesmo assim a juba continuava lá. Resolvi fazer selante porque também tinha medo de alisar e achei a solução pra mim. Agora depois de quase 1 ano que fiz, ele se encontra ondulado e forma cachos largos na ponta a forma perfeita pra mim, o único problema é a frente que vem crescendo toda enrolada, aqueles fiozinhos de macarrão parece que vc acordou e não penteou o cabelo, então uso presilha até que eles cresçam e parem de me perturbar.

Flor, não fale assim do cabelo da sua mãe. Cabelo afro é LINDO! Respeite suas origens e sua identidade! Seu cabelo cacheado é fruto do cabelo afro da sua mãe e também é lindo, você só precisa saber cuidar.

Separei alguns posts que irão te ajudar:

http://cacheia.com/2013/11/cronograma-capilar-sos-cabelo/
http://cacheia.com/2014/05/cabelo-crespo-feminismo-e-identidade-negra-o-que-uma-coisa-tem-a-ver-com-a-outra/
http://cacheia.com/2014/05/10-coisas-que-toda-cacheada-precisa-saber/

Conte com a gente!
Beijos!

Concordo plenamente com essa opinião. Há muito tempo eu não fazia nenhum tipo de tratamento para alisar o cabelo, mas sempre recorria à chapinha dizendo que gostava da praticidade (como se ficar uma hora alisando o cabelo fosse algo prático), então em novembro fiz uma viagem com minha família e deixei meu cabelo natural, meu marido e meu pai ficaram muito felizes. Mas quem mais me incentivou foi minha tia, que há uns dois anos trata o cabelo em um salão especializado em cabelo afro. Mesmo assim estava resistente, até ler “Americanah”, da escritora Nigeriana Chimamanda, e perceber exatamente a questão política em “soltar os cachos”, entender algo além da estética me deu sentindo pra isso.
Confesso que ainda estou aprendendo e me acostumando com meu cabelo, mas a cada dia essa escolha me deixa mais feliz.
Espaços como o desse blog são muito importantes pra essa aceitação, pra romper as ditaduras da moda. Obrigada, meninas!

Cris, fico feliz que goste do blog, nós temos o intuito de propagar o amor próprio e a aceitação.

Volte sempre, beijos!

Conheci o blog hoje e já estou amando. Continuem assim meninas! As dicas, o apoio, tudo estão em perfeita sintonia e podem crer que está ajudando milhares, centenas de garotas, inclusive eu. Obrigada, beijos! ;*

Obrigada pelos elogios, fico muito contente em ler *-*

Um super beijo!

Oi! Adorei o blog, achei hoje e amei, amei mesmo.
To passando pela transição, voltar a ser eu, e to amando minhas partes cacheadas.
To fazendo cronograma capilar, mas com produtos bem baratinhos, seda, niely gold, queratina líquida by rede, lisahair reconstrução embelleze.
Tô em transição desde 20 de abril de 2014. Fazia alisamento com amônia. Eu já li que vocês condenam do fundo da alma shampoo bomba, mas eu uso porque não aconteceu nada comigo, e quanto a hipervitaminose, eu já vi gente que usa shampoo bomba/tônicos/”crece pelo” e faz cronograma e tudo ok. E meu cabelo tá super danificado, principalmente as pontas. Eu tô com um pouco de trauma de cortar, pois tinha o cabelo 6 dedos abaixo do peito, pedi para cortarem 3 dedos e to com ele pouco abaixo do ombro, isso porque cresceu muito. Mas minhas pontas estão muito danificadas.
Nunca assumi realmente meus cachos, só rabo alto e molhado (imaginem o estrago), e solto, só alisado e com uma boa dose de creme.
Agora que vi o quanto é lindo o cabelo natural, seja liso, ondulado, crespo ou cacheado, apaixonei. Não tem como largar!
Obrigada pelas dicas… E uma pergunta: Posso fazer LOC? E No/Low Poo?
Beijos, obrigada!

Oi Mariane, pode sim, acredito que No/Low possam te ajudar a recuperar bastante a saúde do fio.

Um super beijo!

Adorei o blog . De fato assumir o cabelos natural é um ato político. Novembro do ano passado eu resolvi cortar meu cabelo, retirando a progressiva. Mas como meu cabelo ficou bem curtinho, coloquei tranças nagô em meu cabelo e espero tirar as tranças em breve para assumir de vez meu cabelo crespo. Fiz isso por mim, pois não estava mais aguentando fazer escova nesse calor. Adorei o blog. Fiquei com a auto estima lá em cima rsrsrs… Vou visitar sempre. Bjs :)

Que legal, Dani!
Ficamos muito felizes!

Curta muito suas tranças e depois se joga no crespo!

Um beijo!

Responder

Maria Cristina N. Moreira

Oi, meninas! Cheguei aqui pesquisando sobre low-poo e estou adorando as matérias. Parabéns! Gostaria de compartilhar a minha história, que, de certa forma, tem a ver com o texto. Meu cabelo não é cacheado, é liso. Mas é grisalho desde muito cedo. Hoje deve ser uma proporção de 60 a 70% de fios brancos. Para o imaginário social, mulher grisalha é sinônimo de muilher descuidada, largada, bruxa, velha, horrorosa etc. Eu aceitei isso como verdade por muitos anos e pintava o cabelo a cada 20, 30 dias, como manda o figurino. Além da chatice de ser “obrigada” a manter a raiz pintada, o meu cabelo branco não pega tinta com facilidade. Logo, o que começou louro 10 já estava no louro ultraplatinado-LadyGaga. Eu até gosto desse visual loura de cabelão, mas, no fundo, isso não sou eu. Ser loura platinada não tem nada a ver com a minha personalidade e me olhar no espelho com aquele visual estava me incomodando muito. Eu já nem sabia direito mais qual era a cor original do meu cabelo! Passei meses pensando se cortava, se tentava pintar mais escuro e ia cortando, ou o que ia fazer para recuperar a minha “verdadeira imagem”. Até que chegou um dia que eu entrei no salão e pedi para fazer o corte da Miley Cyrus: franjão, curtíssimo nas laterais e atrás. Quem estava perto ficou de queixo caído. Cortei. Com o estômago geladinho, mas cortei. Todo mundo adorou, achou lindo, ousado e tals. Eu também gostei, mas ainda estava louro. Aí chegou a vez de abandonar os retoques de raiz, meu maior medo. Para isso, fui cortando todo mês um pouquinho até sair a coloração toda. Demorou muito, acho que a última pontinha de tinta foi cortada em dezembro de 2014 e a operação “tira tinta” começou em maio de 2014. Foi desconfortável e estranho encarar a mudança, mas eu estou muito satisfeita e me sentindo muito eu. Até hoje, só teve uma pessoa, uma vizinha, que falou quando me viu no elevador “nossa quanto cabelo branco, tão nova, que pena, por que você não pinta?”, sugestão prontamente ignorada, lógico. As demais acharam que me deu personalidade, que ficou mais bonito. Tem gente que chega a perguntar qual é a técnica de coloração que eu uso porque quer fazer igual, nem se toca que é o temido e mal-afamado grisalho natural. Minha filha, que no começo do projeto achou tudo um absurdo inaceitável, viu que cabelo grisalho é bacana e acha que eu não devo mais pintar. Moral da história: cabelo grisalho envelhece e deixa feia é MITO! Eu estou adorando aparentar ser o que eu sou e estou cheia de estilo: o meu estilo. Valeu a pena ter coragem de enfrentar a opinião convencional das pessoas e deixar meu cabelo ser do jeito que ele é: todo malhado e muito bonito. PS: descobri que meu cabelo natural (os que ainda tem cor, dá para ver legal na nuca) é louro claro dourado. Eu jurava que era ruivo. :| Um beijo para todas e espero que minha história ajude a encorajar quem está pensando em voltar para a “versão original” e em cortar o cabelão para acelerar o processo. Passa a tesoura que vale a pena!

Que bacana isso, adorei ler sua experiencia e fiquei muito feliz que estamos te ajudando.

Volte sempre, beijos! ♥

Adorei seu comentário! Minha mãe fez igual você: depois de uma vida pintando (e alisando, pq ela tem cabelos cacheados) ela se cansou e disse que ia assumir o natural, custe o que custasse. Hoje em dia ela usa o cabelo curto e grisalho. Na franja ela tem uma mecha toda branca. Super charmosa. Ficou muito chique nela, todo mundo elogia.
Bjs

Amei sua história,porque sempre achei lindo mulher que deixa os cabelos grisalhos. Sempre digo que quando chegar na idade, não quero pintar etc. Espero ter sua coragem,porque sei não é fácil,as pessoas gostam muito de se incomodar com a vida alheia.Lembra da Meryl Streep no filme “O diabo veste Prada”?Nossa,ela está linda nesse filme.Parabéns por encontrar a beleza e auto estima nos cabelos grisalhos.São lindos.

Fico tão feliz que tenha gostado do texto, todo cabelo é lindo e não devemos nos obrigar a nada, o importante é estar bem consigo mesma!

[…] sobreviver à transição capilar     Resenhas Off topic     Crônicas    Pessoal Por que assumir os cachos é um ato político? Qual é o tipo do meu cabelo? Eu não sou a Taylor Swift Cortei o cabelo e não gostei, e […]

Primeiramente: De todos os sites sobre cabelos cacheados que eu já acompanhei, o Cacheia foi o mais objetivo e simples pra colocar meu cabelo na linha! Muitas dicas que realmente funcionam e eu credito isso ao fato de vocês serem uma equipe bem composta no quesito diferenças capilares, rs. Cada uma tem um tipo de cacho, de cor, de vida, de tudo, fica muito mais fácil de passar pra frente as dicas do que efetivamente funciona pra cada cabelo. Então, parabéns meninas! \o/
Segundamente: Eu devo ter lido esse post algumas vezes e sabe… não consigo concordar com ele. Eu não quero que meu cabelo seja um ato político pq eu não preciso que seja, e ninguém deveria precisar. Nunca fiz química para alisamento, nunca quis fazer e sempre fui apaixonadíssima pelo meu cabelo mesmo nas épocas difíceis de adolescência quando nada faz sentido no nosso corpo. Ouvi um milhão de vezes que eu deveria alisar, todas as minhas amigas alisaram, ouvi que meu cabelo era feio, mas e daí? Eu estava feliz e pra mim só isso bastava. Nunca me preocupei em ser bonita para os outros, mas sim em ser bonita pra mim; e sendo assim, um dia alguém iria admirar minha beleza real e gostar dela como eu gosto, gostar de mim como eu me gosto, e é óbvio que isso aconteceu. Como terapeuta eu entendo as implicações sociais no nosso estilo de vida, na nossa auto aceitação, auto estima e tudo mais, mas como mulher e sendo criada como fui é muito difícil de aceitar essa e outras “fraquezas”. Uso cabelo curto há 2 anos, ruiva há 1 semana, e não quero sair na rua e receber esse rótulo de “militante da causa cacheada” pq a gente não precisa disso. A gente precisa de amor próprio, só. O que foi dito no penúltimo parágrafo do post é o que deveria ser reforçado sempre: “façam isso por vocês”! Voltar ao cacho ou se acostumar a ele pq de repente esse cabelo voltou a ser o must have das ruas e assim você vai parecer cool, antenada, politizada e rebelde também não é um objetivo legal… O incentivo sempre tem que ser para você se gostar, se olhar no espelho e se sentir a mulher mais maravilhosa do mundo, mesmo se você tenha nascido com um afro de respeito e optou pela progressiva. Pra algumas pessoas esse processo é doloroso, difícil, pra outras é uma questão de simples orientação, mas pra mim essa é uma causa pela qual vale a pena lutar sempre!
Caso eu tenha ofendido alguém, já fica aqui meu registro de desculpas! ;)
Beijos da menina morena de cachos ruivos, nerd, mega introvertida, que está 10kg acima do peso mas que se olha no espelho todas as manhãs e ama loucamente o que vê =)

Olá Luana, primeiramente obrigada a todos elogios, nós ficamos muito feliz em ajudar a todas vocês e dar dicas que realmente funcionam para nós. Sobre a sua reflexão eu me refiro a ditadura que nós é imposta, e principalmente por quem alisou por este motivo, mas como falei o importante é fazer isso por si mesma, independente do motivo, fazer por aceitação, amor próprio, isso é o que vale.

Obrigado por comentar e volte sempre! ♥

Minha mãe também não deixou que eu fizesse alisamentos, mas eu usava a chapinha diariamente para me sentir “bonita”. Quando percebi o trabalho que gerava por estarem no nível da cintura, voltei a usar os cachos que nem lembrava como era. Resultado: 1 ano de muitos preconceitos e piadinhas, mas de grandes conquistas, auto-realização, coragem e determinação. Hoje tenho 2 anos e 2 meses que possuo cabelos cacheados e que me proporcionam atenções e elogios variados :) Há rs e meu cabelo super cacheado está novamente na cintura *-*

Fico feliz que tenha superado todas as dificuldades! Fique a vontade para nós mandar uma foto sua pelo inbox da página, se quiser aparecer por lá!

Meninas , voês são muuuiito amor, sério.
Sempre que procuro ajuda com os cabelos acabo parando aqui e eu piro.
A minha historia é parecida com a da Larissa.
Meu cabelo é tipo seu , minhas amigas ( que tem aquele cabelão beem liso de india) começaram a fritar minha cabecinha de 13 anos com muitas mentiras.
Minha mãe também tentou me impeder ao maximo me livrar do meu cabelo sempre argumentando que eu ia crescer e aprender a cuidar mais dele.
Só que chegou uma hora que ela percebeu que eu me sentia tão triste e inferior om isso que liberou a chapinha.
Só que eu detonei meu cabelo ( sem quimica, só chapinha e secador) por 7 longos anos. E meu cabelão que batia no fim das costas ( e eu amava ´) começou a cair. Passava dois tres anos sem cortar o cabelo e ele não mudava de tamanho :(
Até que a dermatologista me falou que eu tinha que parar com a chapinha porque meu cabelo fino não aguentava.
Muito contrariada eu parei e não sabia cuidar , por mais que minha mãe e meu namorado (um cara com os cabelos cacheados mais lindos do mundo) me falassem que estava bom .
Encontrei vocês , aprendi a cuidar do meu cabelo e aprendi como os cabelos são importantes para quem eu sou em amplos aspectos.
Hoje não trocaria ele por nada no mundo , e cuido da juba como se fosse uma vida além de mim.
E me da um prazer enorme preparer o cronograma todo começo de mês , e ver ele crescendo de novo forte e saudavel!
Enfim , falei muito.
Vocês são toas fofas, e muito obrigada pela ajuda que já me deram.
Beijos :*

Oii Mel, fiquei tão feliz de ler sua história e ver que se identifica comigo, o meu namorado também tem cabelo cacheado (meio ondulado) e eu adoro. Continue valorizando seus cachos que logo eles estão lindos e como você quer!

Beijos!

Olá! Eu amo esse blog… Pra mim, o fato de assumir os cachos tem que ter a ver com a sua auto aceitação e só. Eu sempre alisei o cabelo, sempre achei lindo cabelo liso e continuo achando até hoje, mas como diz uma amiga minha: “Deus não quis assim” hahaha e decidi finalmente aos 26 anos de idade que serei agora eu mesma a partir de agora em se tratando do meu cabelo e o que me fez tomar essa decisão foi parar de agredir tanto meus fios, conhecê-los, tratá-los, pois estão muito danificados, ressecados e eu também já não tenho mais paciência pra taanta chapinha, secador. Enquanto isso só no rabo de cavalo rss. Um grande beijo a todas as mulheres seja de qualquer tipo de cabelo.

Bianca, o importante como você mesmo disse é se aceitar, faça por você. E não vire escrava do rabo de cavalo, aqui no blog temos ótimas dicas de texturização.

Espero ter ajudado, beijos!

Nossa, concordo plenamente … Para muita gente parece pouco, mais fico tão frustada quando entro em uma loja de produtos importados e encontro 2 ou 3 produtos para cabelos crespos , parece que negros que tem o cabelo não fácil de lidar , não tem dinheiro para comprar um produto bom… ai não sei assim que eu me sinto.

Olá Andressa!

Realmente é decepcionante, mas graças a deus agora as marcas estão começando a ver que também somos um grupo comprador em potencial e estão passando a se dedicar em produtos para nós também. Aqui no blog temos a categoria de resenhas, onde você pode conferir diversas marcas e empresas que se preocupam com os nossos cachos.

Espero ter ajudado, beijos!

Nossa sociedade está contaminada por essa ditadura onde mulher bonita é mulher branca, magra, com cabelo liso e longo, já passou da hora das pessoas perceberem que esse esteriótipo já está ultrapassado que muita coisa mudou, o mundo está mudando e esses preconceitos que continuam enraizados nas pessoas precisarão mudar, pois quem não se enquadra nesse perfil já não aceita mais viver tentando se enquadrar para agradar a sociedade.
Tenho cabelo crespo e sempre alisei os cabelos e hoje ele é cacheado, mas tenho apenas 4 meses em transição , pois ainda estava usando química, meu maior arrependimento é de não ter tomado essa decisão de aceitar meu cabelo como ele é antes. Acho que cada um deve fazer o que gosta ou acha bonito, se é crespa e prefere alisar, tudo bem, mas só não dá pra aceitar que as pessoas discriminem tanto aquelas que resolveram se assumir, ou corta, ou seja lá o que for que resolvam fazer com os seus cabelos.
Eu decidi cortar o meu cabelo bem curtinho e deixar ele crescer natural, tenho certeza que me sentirei muito melhor e isso não é uma questão de estética e sim de identidade.

Vanessa fiquei muito feliz lendo o seu depoimento, é tão bacana ver mais pessoas se consientizando. Esperemos que cada vez mais, as cacheadas se aceitem e entendam que não é só uma questão de estética, mas sim uma questão social e política.

[…] li por aí: três passos para uma vida mais autoral (bramare) // o que eu aprendi sobre produtividade com Tim Ferris (parte 1) (parte 2) (parte 3) (parte 4) // por que eu nunca vou para as ruas? (carol daemon) // o homem é mais simples que a mulher né? (não ~ papo de homem) // dicas para uma vida mais criativa (respire) // por que cancelei meu facebook? (alan capriles) // por que assumir cachos é um ato político? (cacheia) […]

[…]     Resenhas Off topic     Crônicas    Pessoal É muita ditadura para pouco cabelo Por que assumir os cachos é um ato político? Qual é o tipo do meu cabelo? Cortei o cabelo e não gostei, e agora? Valesca e seu visual […]

Nossa, eu usei exatamente essa frase hoje, ontem e em várias conversas: assumir os cachos não é só uma questão estética, é um ato político! Caraca, como ando irritada com esses comentários avulsos das pessoas com uma carga tão preconceituosa que chega a doer… sinceramente, me dói. Me dói pensar que existe SIM uma ditadura da beleza, uma convenção não-dita de que o cabelo tem que ser baixo, liso, comportado. Estou em transição há 7 meses, mas somente nos dois últimos parei de usar secador/chapinha e afins. E o frizz, os cachos de texturização incomodam profundamente a sociedade, pq estão sempre me perguntando se eu virei rebelde, se eu virei hippie… não me dá vontade de desistir, eu fiz uma escolha, e eu sei (graças aos blogs todos, como o de vocês) que o resultado é bacana. O que eu não acho certo, não entendo, é como que deixar o cabelo crescer natural pode resultar em uma coisa tão… complicada.

Mila, é verdade mesmo, mas com o tempo o pessoal terá de nos aceitar ou “engolir” e terão que entender que não é uma modinha, afinal nós nascemos assim e não devemos ter que mudar nossos cabelos para ser aceitas em nada.

Parabéns pelo texto. Bem meninas, minha história com os cachos se traduz bem no seu texto: que a beleza está no liso perfeito. Afinal fica perfeito mesmo no primeiro dia que você sai do salão, depois o cabelo vai crescendo e puft o perfeito já era. Desde de criança sempre quis ter cabelo liso, e fui me envolvendo com as químicas, nunca fui chegada a fazer chapinha e usar secador, não consigo manipular bem esses objetos, enfim uma inconformada com seu cabelo crespo. Mas alguma coisa mudou a praticamente a um mês, no momento em que estava pensando em qual cabeleira ir para ver se encontrava a perfeição de novo. E ai recebi um vídeo falando sobre transição. A principio fiquei um pouco apreensiva com o tal do big chop, mas no fundo percebi que não é só o cabelo que deve ser natural, precisamos nos reconhecer e gostar de como somos. Nunca fui dada a beleza de forma compulsiva, e isso me ajuda a perceber que esse mundo perfeito da lindeza não existe, se preciso sempre recorrer as coisas que estão na moda. Mas posso criar meu mundo belo se assim tiver a coragem de assumir quem sou, e não me importando com o que os outros vão pensar. Enfim, vamos ver o que vai dar, estou com seis centímetros de cabelo cacheado, não tenho coragem de ser tão radical, afinal sempre tive cabelo abaixo dos ombros, mas pretendo continuar me aceitando do jeito que eu sou. Então, mesmo que o meu cabelo não seja todo cacheado chegarei lá, por isso já estou seguindo cada dica aqui do “Cacheia”. É tem sido ótimo, comecei com umectação a três semanas e logo vou seguindo o cronograma certinho. Obrigada pelo espaço e acredito que se as pessoas tiverem a capacidade de aceitação seja do cabelo, do etilo, do corpo, do gênero enfim, o mundo seria bem melhor, sem a imposição de regras que trazem uma felicidade passageira. Beijokas e sucesso a todas as assumidas!!!

Adorei seu depoimento Wania, ficamos muito felizes em ajudar e propagar o nosso discurso de aceitação e ver que ele ajuda diversas pessoas como você, continue nos acompanhando e qualquer dúvida só nos procurar!

[…] naturalizar e aceitar as nossas molinhas! Já conversamos sobre feminismo e identidade negra, sobre o ato de cachear, e também sobre “a ditadura ou reação” de quem deixa de alisar os […]

Heeeyy, então é a primeira ou a segunda vez que entro nesse site.
Mas eu queria contar a minha experiencia e PEDIR AJUDA A TODAS AS PESSOAS DA FACE DA TERRA.*QUE TEM CABELO CRESPO OU CACHEADO.
Meu cabelo é algo entre os 3C e o 4A, mas quando criança eu não sabia cuidar, então vivia de rabo de cavalo, e isso acabava com a minha auto estima. Então com meus 10 anos decidi fazes meu primeiro relaxamento. E simplesmente adorei o resultado. Eu tinha tudo oque queria, um cabelo solto brilhoso. Mas meu cabelo resistente precisava também de escova e chapinha Todos os dias.(Sem Exceção).
Então de 3 em três meses eu retocava o relaxamento(com guanidina) e todos os dias de manha passava chapinha no cabelo.
Minha irma sempre falou da Transição; E eu achava super legal essa mulheres corajosas que abandonavam a química. Mas eu mesma não tinha coragem.
Ontem, ficou claro para minha irma minha mãe e eu que deu os três meses, eu tenho que retocar a raiz.
Mas eu não quero, eu quero parar de tentar fazer meu cabelo ficar liso, as pontas do coitadinho estão super ressecadas, e ele esta desidratado. Mas eu tenho medo de parar de fazer química, sofrer muito e quando meu cabelo estiver natural eu odiar ele. Eu não lembro muito de como ele era antes do meu primeiro relaxamento.
Quero saber que tipo de cremes as mulheres de cabelo crespo usam.Quero todas as dicas possíveis. Mas principalmente quero ajuda para criar coragem e assumir quem eu sou e o meu cabelo.
Pss: Eu tenho 13 (Quase 14) anos .

Milene, é muito bom saber que você tão novinha, já se questiona sobre a necessidade de aceitar o seu cabelo natural. E sim, essa a principal questão. Você PRECISA ACEITAR o seu cabelo. Independente do jeito que ele é. Tenho certeza que você é linda, e vai aprender rapidinho a cuidar dele. Vou te mandar um link com um post da Maressa com algumas dicas de produtos para cabelo crspo: http://cacheia.com/2015/07/produtos-para-cabelos-cacheados-e-crespos/ Beijoo :*

Responder

Larissa Guimaraes - Areia Branca RN

caramba! eu só tava precisando disso para não desistir do meu objetivo… a transição capilar… e que venham os cachos! a raiz esta crescendo e essa parte é bem dificil… mais vou resistir e não alisar!

É isso ai, Larissa!

Se precisar de ajuda, conte com o Cacheia!

Bjs!

Concordo,durante toda minha infância tive cabelos naturais , quando aos 15 anos começei usar química pra querer ser quem não sou. Hj estou em transição para assumir meu verdadeiro eu…

Vivi, e isso é realmente lindo!
Toda sorte do mundo pra ti! <3

[…] como são, principalmente os crespos, é um ato político. Veja os posts do Blog Cacheia “Porque assumir os cachos é um ato político” e “Sobre o ato de cachear: ditadura ou […]

[…] cor, de mostrar que seu cabelo é lindo, que o seu cabelo é “bom”, que você tem poder e que o racismo não está com […]

Por muito tempo, tive a impressão(só uma impressão, viu?) que não apreciar os cabelos de uma pessoa é como se rejeitássemos a pessoa. Não gosta de cachos, não gosta de mim! A lôka… Demorei muito a aprender que não é assim. Estou num curso de cabelereiro, e é incrível, quase ultrajante, a visão que as minhas colegas de curso tem de cabelos cacheados/crespos. Dessas 16 meninas, apenas 1 tem cabelo totalmente lisos naturalmente. as outras 13 alisam/relaxam as madeixas. Uma está cacheada, e depressiva, quer alisar. E a única que ostenta cachos com amor e orgulho é a que vos fala. AMO meus cabelos cacheados e fico triste ao ver que isso não é regra. Gostar de si, gostar do que sai de seu couro cabeludo e identificar as necessidades de seus fios e ter prazer em cuidar do que é seu. Seu cabelo, sua identidade, sua opinião. Sem medos, sem cobranças. Aaaah, mundo ideal, gostar de si do jeito que é… será possivel um dia?

Então quero assumir meus cachos,mas vejo que quando solto meu cabelo ele fica horrivel e não combina com qualquer roupa,isso me faz sentir horrivel e relaxada,me ajudem!

Olha, Lu… você precisa aprender a cuidar e a gostar do seu cabelo antes de qualquer coisa.
Cabelo cacheado, crespo e ondulado, combina com qualquer coisa, qualquer roupa. O que precisa mudar é a nossa mentalidade. A transição capilar começa de dentro.

Um abraço!

[…] mostrar que seu cabelo é lindo, que o seu cabelo é “bom”, que você tem poder e que o racismo não está com […]

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