Aqui no Cacheia, a gente já falou bastante sobre o que é transição capilar e como passar por ela. Mas e depois, o que acontece?
Como sempre falo para vocês, a transição é algo que não muda apenas nosso cabelo. É nessa fase, que várias mulheres aprendem a desconstruir muitos padrões.
A transição capilar, foi um marco na minha vida e me ajudou bastante no meu processo de empoderamento (um processo lento que vai muito além da estética capilar), aceitação e amor próprio. Depois que assumi o meu cabelo, aprendi a me ver como uma mulher que não precisa se prender a nenhum estereótipo (mesmo que isso seja uma luta diária).
Mais do que isso, foi a partir da aceitação do meu cabelo crespo, que aprendi a valorizar muitas questões que me fizeram repensar sobre como eu posso contribuir para a sociedade e ajudar outras pessoas a derrubar preconceitos que vão além do cabelo). Acima de tudo, compreendi que assumir o cabelo natural, é também um ato político que pode mudar completamente a vida das pessoas, assim como mudou a minha.
Conversei com 4 leitoras que também passaram por isso. Saiba agora, o que mudou na vida delas depois da transição capilar.
- Quanto tempo durou a sua transição capilar e por que você resolveu assumir o cabelo natural?
Beatriz: Minha transição durou 7 meses e 5 dias,eu queria muito conhecer o meu cabelo natural, como ele realmente era, e também por que já tinha passado por vários cortes químicos e não aguentava mais ser escrava da química nem da chapinha.
Mirela: Minha transição durou 6 meses. Resolvi assumir o meu cabelo natural, porque eu estava cansada de retocar minha raiz de 3 em 3 meses. Minha mãe vivia dizendo que ”preto tem que manter a raiz do cabelo arrumada”. Mas logo depois eu me desapeguei dessa ideia e tive que desconstruir a minha mãe e dizer que eu iria assumir o meu cabelo natural. No começo, foi bem difícil porque eu tinha muita vergonha do que as pessoas iriam achar, mas mesmo assim eu fiz um meu bc e um grupo de pessoas que estavam no mesmo processo que eu me ajudou muito.
Vanuce: A transição durou 1 ano e decidi usar o cabelo natural devido ao alisamento fazer mal para a saúde.
Thaliane:Fiquei 4 meses sem usar química, até o BC. Decidi assumir o natural porque cansei de ficar dependente de químicas e chapinha. De imaginar e sentir saudades o quanto era bom cuidar do meu cabelo natural, do quanto era fácil manter ele bonito, e que negar as minhas raizes me deixava extremamente culpada. Procurei produtos que pudessem trazer de volta meus cachos, e me deparei com várias meninas que estavam entrando na transição, me achei nesse mundo, encontrei a mim mesma, e decidi. Tive apoio de 0 pessoas no inicio, e hoje boa parte da minha familia me apoia.
- Você percebeu alguma mudança significativa na sua vida após a transição capilar?
Beatriz: Tudo mudou, não sou mais aquela garota tímida, com baixa autoestima, eu hoje consigo me olhar no espelho, e me achar a negra mais linda do mundo, minha autoestima esta a mil, foi uma mudança incrível hoje eu sou outra pessoa.
Mirela: Nossa, eu tive várias mudanças mas a que mais significou pra mim, foi foi o orgulho que tinha de mim mesma, me reconhecer negra, me amar e estar bem comigo. Realmente foi incrível a minha mudança. Quem conhecia a Mirela de 2 anos atrás pode notar o quanto eu mudei.
Vanuce: Vi muita diferença, na transição meu cabelo já esta caindo bem menos.
Thaliane:Costumo dizer que a transição capilar é quase uma religião, que traz coisas boas, momentos bons, auto estima extrema mesmo quando toda a sociedade diz que você esta horrível. Se fortalecer todos os dias, a tarefa diária que é a paciência e cuidado, ser forte para resistir ao preconceito, enfrentar de cabeça erguida e saber que minha vontade tem que prevalecer antes de qualquer um.
- Você acha que o ato de ter assumido seu cabelo influencia outras mulheres a tomarem essa decisão? Você considera isso importante? Por que?
Beatriz: Com certeza, inclusive minha mãe tomou a decisão de entrar em transição por que eu resolvi me assumir cacheada, nós que já passamos pela fase da transição e vencemos ela, influenciamos sim outra mulheres a se assumirem crespa/cacheada. Sim eu considero super importante, pois ajudamos outra mulheres/meninas a ser livres desse padrão que é nos é imposto.
Mirela: As primeiras mulheres que foram influenciadas por mim, foram as minhas primas. O empoderamento foi coletivo, uma foi empoderando a outra ( quero deixar claro que empoderamento não é só cabelo, e que é muito mais). Eu considero importante sim e fico muito feliz quando ouço alguém dizer que eu sou/fui a inspiração, é um sentimento de dever cumprido.
Vanuce: Influencia bastante! Varias amigas minhas resolveram mudar e com minha ajuda. É muito importante essa mudança, creio que ninguém precisa ter vergonha de assumir seu verdadeiro “eu”.
Thaliane:Em grupos das redes social, nos tornamos irmãs, acolhemos mulheres que querem mudar e entrar na transição, apoiamos assim como um dia já nos apoiaram, somos inspirações assim como muitas foram as nossas no inicio. ISSO É LINDO DEMAIS! Hoje sou inspiração de muitas meninas, tenho o maior prazer do mundo de responder, ajudar, dar dicas, sei o quanto é preciso essa referencia no inicio, precisamos nos encontrar em outras para sermos fortes! É extremamente importante acolher mulheres decididas à transição.
- O que mais te marcou quando conseguiu se livrar de toda química do cabelo?
Beatriz: O que mais me marcou foi a felicidade, quando eu cortei a ultima mecha de cabelo liso eu gritei alto, bem alto mesmo… Eu sou livreeeeeeee! A alegria e inexplicável. Só quem passa sabe o quanto e libertador.
Mirela: Liberdade! Foi maravilhoso, foi umas das melhores coisa que eu já fiz na vida.
Vanuce: O que mais me marcou, foi no mesmo dia que fiz o BC. Sai pra uma reunião de amigos e todos ficaram loucos com o meu novo visual e fui muito elogiada.
Thaliane: Sentir meus cachinhos brotarem da cabeça feito uma plantinha, chorei com o primeiro cachinho.
- A forma que você se vê, teve alguma diferença após assumir seu cabelo natural?
Beatriz: Sim, hoje eu me vejo com uma garota que consegue ver as belezas da vida e se ama do jeito que DEUS a criou: forte, linda e que consegue vencer todos os obstáculos que estão por vir
Mirela: Sim! Eu passei a ter mais curiosidades e sempre querendo me informar sobre tudo, principalmente sobre se empoderar.
Vanuce: Depois que resolvi mudar, as diferenças foram muitas. Aprendi a cuidar mais do meu cabelo, que cabelo não é só passar shampoo e pronto. Cabelo é a moldura do nosso rosto.
Thaliane: Me acho tão bonita quanto antes. Porém, hoje eu vejo quem realmente sou, como se eu tivesse usado uma máscara por anos, e hoje posso mostrar como sou, sem medo.
- Você acha que o processo de transição capilar influencia no Empoderamento feminino? Por quê?
Beatriz: Sim. Principalmente da mulher negra, que sempre foi tão rejeitada, por não ser o padrão ditado pela sociedade. A transição faz com que nós mulheres, conseguissem mostrar que somos fortes.
Mirela: Sim, influencia e muito. Porque quando se está no processo de transição, principalmente nos 3 primeiros meses, começa a dá um desânimo, uma vontade de voltar atrás. Mas quando começa a ouvir palavras de incentivo, que vai conseguir e que vai ficar mais linda ainda, é revigorante. E quando eu comecei a ouvir isso da minha mãe (ela está sendo desconstruída aos poucos ainda) foi maravilhoso. Por isso eu sempre digo: EMPODERE AS IRMÃS!
Vanuce: Claro que influencia! O processo de transição é único. É um processo que se deve ter persistência. E quem não quer buscar o empoderamento depois de todo esse esforço? É uma realização para quem passa por tudo isso.
Thaliane: A transição está totalmente ligada ao preconceito racial e ao empoderamento. É um primeiro passo para nos tornarmos fortes e combatentes, nos unir contra toda forma de opressão.
- Sabemos que a transição capilar é um ótimo aliado na desconstrução de alguns padrões estéticos que a sociedade impõe. De que forma isso influencia a sua vida?
Beatriz: Influenciou muito. Pois sempre fui o tipo de garota que não se veste ao que a sociedade impõe como moda. Esse processo de transição, me ajudou a ver que cada pessoa pode ser diferente, mesmo sem seguir os padrões.
Mirela: Antes eu achava que negra sortuda era aquela que tinha traços finos ou uma raiz lisa. Quando eu estava no processo de transição, eu passei a mudar totalmente essa ideia que eu achava que era correta, pois eu cresci ouvindo isso no meu meio de amigos e familiares.
Vanuce: Na minha vida influencia de todas as formas possíveis. Sei que não preciso viver sob os padrões, que de certa forma a sociedade impõe sobre as mulheres.
Thaliane: Sim, em vários, pense numa gorda e crespa no meio dessa sociedade?! Me libertei, e hoje não preciso mais me esconder, temer a julgamentos, EU SOU ASSIM, QUERO SER ASSIM, DOA A QUEM DOER.
- Como a transição capilar e toda essa revolução da “aceitação” do cabelo natural podem influenciar nas gerações futuras?
Beatriz: Pode influenciar muito, pois varias mulheres estão optando em ser natural. Isso pode fazer com que outras pessoas, consigam enxergar um futuro onde não existirá mais preconceitos nem paradigmas em questão dos cabelos cacheado/crespo.
Mirela: Temos que ensinar desde cedo para as meninas que elas são lindas, que a cor delas é linda, que o cabelo delas não precisa seguir padrões! Ensinar sobre a nossa história, que também é muito importante.
Vanuce: Influencia muito! Tenho uma prima de 4 anos que é cacheada e fala pra mim que quando ela crescer que ter o cabelo como o meu.
Thaliane: Pode influenciar muito positivamente, mas não sei até quando isso pode durar. Temo que um dia toda essa “folia” comece a acabar, e o comercio de cosmética capilar venha com algo inovador arrebanhando, e oprimindo o movimento! Luto para que isso não aconteça
E na sua vida, o que mudou depois da transição? Conta pra gente nos comentários.
Blog Comments
Adélia Daniela
16 de outubro de 2015 at 09:05
gente adorei os cabelos de mirela e vanuce! lindos lindos..
Ster Nascimento
21 de outubro de 2015 at 12:10
São mesmoo! <3
MILENA
16 de outubro de 2015 at 10:25
Sempre amei meus cachos, porém não sabia lidar com eles, nem minha mãe, então relaxei com 12 anos, mais ou menos, mas o que me fez decidir pela transição(que nem tinha esse nome na época) foi o fato de que o relaxamento um dia acaba alisando completamente o cabelo e eu detestava isso! Aí decidi parar de alisar e foi uma decisão muito feliz, porque hoje em dia existem várias maneiras de pentear o cabelo cacheado e vários produtos voltados para nós cacheadas e crespas!
Acredito que nossas atitudes hoje influenciaram o futuro das mulheres, porque nossos filhos já cresceram com esse conhecimento e com amor ao natural! Minha filha é black e ama ser black. Isso é fantástico e novo na nossa sociedade! Muito amor envolvido!!!!
Ster Nascimento
21 de outubro de 2015 at 12:09
Exatamente Milena! Parabéns pelo exemplo que você tem dado a sua filha. Fico feliz que hoje se sinta tão bem consigo mesma, a ponto de transmitir isso pra ela. bJO :*
Tatiana
16 de outubro de 2015 at 10:39
Oi Ster! Parabéns pela matéria!!!! Minha transição durou 6 meses, e agora o que percebo que mudou em minha vida, foi aquela cobrança, minha mesmo para o espelho, de estar com o cabelo perfeito. E quando você quer o cabelo o perfeito, você também quer a pele perfeita, o corpo perfeito, a roupa perfeita, ou seja, o que ditam para você que é “Perfeito”. Hoje quando acordo e me olho no espelho, com os cachinhos todos amassados, acho perfeitamente natural, e depois de arrumá-lo, não tenho aquela cobrança de que os cachos tem que estar todos perfeitos e todos bem definido. Alguns definem, outros melhoram com a ajuda do dedo e outros não… E eu respeito a maneira que ele quer ficar. Passei a aceitar meu cabelo do jeito que ele é, se o hoje está com uma definição maravilhosa, ótimo, se em outro dia não está tão definido, ótimo também… E assim como não tenho mais cobrança com o cabelo, não tenho com a pele, o corpo e tudo na minha vida… Acho que isso foi o melhor da minha transição, não é só aceitar só cabelo e sim me aceitar por inteiro como sou…. Muito obrigada “Cacheia” pois vocês foram decisivos para iniciar minha transição….
Ster Nascimento
21 de outubro de 2015 at 12:08
Oi Tatiana, fico imensamente feliz em saber que você hoje, se aceita e se ama. Mais feliz ainda, por poder contribuir nesse processo! beijoo <3
Hillary
22 de outubro de 2015 at 13:58
oi ster, porque vcs do blog nao fazem um grupo no whatsapp nós leitoras deixamos o numero e vcs vao adicionado no grupo.
bjs epero que responda
Ana Catarina
6 de novembro de 2015 at 07:58
Oi Hillary! Temos muitas leitoras e os grupos do whatsapp só permitem 100 membros…
Naty Protasio
23 de outubro de 2015 at 09:15
Oi Ster! Esse site está cheio de mulheres lindas, fortes e que nos dá muita inspiração.
Estou no 6 mês de transição… e não está nada fácil, viu? a trajetória dos meus cabelos é parecida com a da maioria da meninas. Percebi que nesses meus 28 aninhos, eu ainda não conheço meu cabelo como ele realmente é! A transição está sendo como uma GESTAÇÃO: cuidados, descobertas, montanha russa de sentimentos. Uma hora a transição soa romântica, outra hora… desesperadora. Mas acompanhar o Cacheia.com e outros blogs, dão aquela força para continuar. Afinal, é transição! É passagem, é mutação! Ao final dela… liberdade! rsrs
Gostaria de compartilhar um dos motivos que me levaram a iniciar a transição: tenho uma baby, de 1 ano e 10 meses, que tem os cachinhos maaaaais lindos que eu já vi! É um verdadeiro BlackBaby! E eu sempre cuidei dele com todo carinho, brincando com penteados, fazendo fitagem (sem ainda saber o que era). Então percebi, que se eu amo seus cachos e quero que ela também os ame… tenho que aceitar os meus!
Não quero que ela cresça no mesmo mundo que eu cresci… rejeitando a própria natureza, a beleza individual que Deus deu, tentando se enquadrar em padrões, etc.!
Beijos e parabéns pelo trabalho!
Mariana
31 de dezembro de 2015 at 01:01
Que liiiindo, Naty!
É uma verdadeira prova de amor! Lembre-se que você sempre será o espelho de sua filha ;)
Beijos e parabéns!
Juliana
24 de outubro de 2015 at 15:34
Meninas, como eu gosto dessas publicações!!!!! ;)
E como é bom ver tantas meninas “se libertando”…
Minha transição durou 8 meses… Na metade de setembro fiz o BC, e foi realmente uma libertação… eu já não me reconhecia no espelho com meu cabelo com química. Como sou professora de crianças em uma escola de classe alta, não foi fácil ouvir os comentários na primeira semana… A primeira coisa que a esmagadora maioria das professoras fazem quando começam a trabalhar lá é alisar os cabelos. Então, teve elogio sim, mas também teve críticas… mas também está sendo uma ótima oportunidade de ensinar às crianças sobre aceitação e amor-próprio. O que percebo ( e escuto) é a palavra “atitude”, sinto que sou sim uma pessoa de “atitude”…
Tenho muito orgulho dos meus cachos…
Obrigada, meninas… vocês fazem parte dessa conquista!
Ana Carolina
26 de outubro de 2015 at 01:08
Há quase dois anos comecei a fazer chapinha, eu gostava dos meus cachos , mas não sabia cuidar não , tinha 12 anos , molhava o cabelo todos os dias e passava creme , o resultado era horrivel hueheu!
Comecei com a chapinha , no começo n ficou um lizo definido , ficava uns cachos abertos e eu adorava isso , mas depois foi alisando , e me lembro que nesse processo eu ODIAVA lavar o cabelo , porque eu ia ver os cachos , e eu não queria cachos . detestava ver eles , me sentia tão bonita com os cabelos lisos ou com cachos abertos , sentia vergonha de sair pra rua com os cabelo naturais, fazia escola homeopática , com intervalos grandes , depois comecei a descolorir o cabelo , sou colorida , amo meu cabelo colorido , adoro esse diferencial , faz parte de mim , como n tinha o minimo de cuidado sofri corte quimico < é bom .
Que cabelos lindos *uu* <3
Tairis Reis
18 de novembro de 2015 at 20:49
Gente quantas histórias iguais a minha!
Tairis Reis
18 de novembro de 2015 at 20:56
Eu passei por um processo difícil, eu nao cuidava do meu cabelo com chapado mais, eu queria lava-lo, dar uma boa hidratação nele, mais cara só de pensar que eu teria que da uma boa escova nele e fazer uma boa chapinha ja me deixava exausta, entao antes de ontem depois de uma semana e meia com o cabelo sujo “chapado”, oleoso ja, decidir da uma lavada porque ja estava todo quebrado também e da uma hidratada, lavei e quando vi poucas partes alisadas peguei uma tesoura e cortei pronto, me bateu tudo na hora, vergonha, alivio, vontade de gritar, rir nossa uma mistura d emoçoes minha amg me apoio a ir p escola com ele daquele jeito, meu pai, minha mae também foi ai que eu comecei a me amar.
Mariana
31 de dezembro de 2015 at 00:58
Que lindo, Taires!!!!!
Parabéns!
Priscila Kelly da Silva
11 de dezembro de 2015 at 15:39
Uso trança nagô á muito tempo, porém, agora estou decidida em assumir quem realmente sou. Estou confusão tenho medo de não gostar e nem em adaptar com a transição. Já li vários depoimentos onde estão me ajudando muito. Adorei os depoimentos de todas as meninas e vou me espelhar em cada uma dela para esta minha nova fase. =)
E não deixando de homenagear o blog, que sensacional. Parabéns
Mariana
31 de dezembro de 2015 at 00:56
Oi, Priscila!
Obrigada pelos elogios :)
Assumir o cabelo natural é realmente muito libertador, mas esteja segura e só faça o que sentir vontade ;)
Conte com o Cacheia!
Bjs
MaraGaia
14 de abril de 2016 at 11:25
Adorei o post! Já passei pela transição. Alisava o cabelo desde os 10 anos de idade, pois ouvia comentários do tipo: “você é branca e branco não pode ter o cabelo crespo.” Se não pudesse, não teria nascido assim, não é? Então resolvi me assumir. O meu é bem black-power, lindo! Estou cultivando há mais de três anos. Tenho orgulho de minhas raízes, sou mistura e quem não é?
Beijo a todos!
Marlene
6 de setembro de 2019 at 18:44
Tenho 48 anos, aliso meu cabelo desde 15 anos de idade, já tentei parar com o alisamento mas sempre volto a alisar de novo. Agora estou recomeçando a entrar na transição capilar novamente, amo quando lavo os cabelos e consigo ver a raiz ondulada, mas quando chega certo tempo desanimo. Me ajude por favor.