Mania de tesoura: você tem o hábito de cortar o cabelo sozinha?

cortar o cabelo em casa: imagem ilustrativa de tesoura cortando cabelo cacheado


Muita gente não costuma cortar o cabelo no salão (por falta de opções, por questões financeiras, etc) mas vive tirando pontinhas aleatórias em casa sempre que nota algum sinal de frizz ou falta de definição.

Essa “mania de tesoura” é aquela cócega que fica ali cutucando até que enfim a gente se rende, pega uma tesoura e corre para a frente do espelho. Às vezes essa experiência dá muito certo e os chamados “cortes programados” ajudam a criar camadas com umas poucas tesouradas. Entretanto, essa empreitada pode dar errado. Vários vídeos na internet mostram verdadeiros desastres capilares de cortes que não deram certo: franjas curtas demais, cabelo torto, marcação nítida de tesoura e muito arrependimento.

No caso de cabelos crespos e cacheados, várias pontinhas cortadas de forma equivocada podem prejudicar a distribuição de volume. Você acha que está tirando pouco mas por vezes ocorre o contrário: alguns centímetros são suficientes para criar um desequilíbrio e dar a impressão visual de um “buraco”. Esse é o “efeito encolhimento” que é típico das nossas madeixas e que faz com que alterações pequenas deixem o cabelo mais leve e/ou ainda mais enroladinhos. A diferença de texturas e níveis de definição também costuma render surpresas na hora do corte.


Quer uma dica? Faça um bom corte: algo que você goste, que facilite sua vida e se encaixe nas necessidades da sua rotina. Curta o visual, mantenha as pontinhas muito bem cuidadas. Se depois de 3 ou 4 meses se sentir que é necessário, faça a manutenção do corte.


Não é que cortar em casa seja sinônimo de erro: muita gente consegue criar visuais muito bonitos em casa. Nessa hora vale cautela e ter noção de que o apego excessivo ao comprimento não ajuda em nada. A mania de manter a tesoura sempre à mão e cortar toda vez que observa “frizz” nas pontas também não dá bons resultados .

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Maressa De Sousa

Maressa, 30 anos, baiana. Cientista Social, mestra em Antropologia. Terapeuta capilar, cabeleireira e trancista. Ama filmes e livros de ficção. Para ela, a transição capilar marcou o início de muitas outras transformações.

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