Quando eu usava o cabelo alisado, me arrisquei poucas vezes na mudança de cor. O medo era um só: que a combinação entre progressivas/relaxantes e o descolorante resultasse numa catástrofe capilar! Na verdade, isso chegou a acontecer uma vez: tive corte químico e não foi nada legal! A boa notícia é que desde que assumi o cabelo natural, mudo a cor do meu crespo sem medo! E já que aventuras capilares não me faltam, decidi fazer uma lista com 5 dicas para manter o cabelo crespo colorido saudável.
1. Entenda as particularidades do cabelo crespo
Com tantas tabelinhas de “tipo de cacho” rolando no rótulo dos produtos, grupos do Facebook, sites e vídeos no Youtube, já ficou claro que existem diferentes formatos de fio. Mas o que muita gente não sabe é que essas características de curvatura podem estar relacionadas com propriedades de resistência. Essa pesquisa aqui por exemplo, aponta que os fios de cabelo “afro-americanos” são mais irregulares em seu diâmetro. Assim, as regiões onde as curvas são mais acentuadas e que possuem menor depósito de queratina podem apresentar mais fragilidade. Quem tem cabelo crespo e já passou por processos de descoloração por exemplo, sabe bem o que isso significa: por vezes os cachos “abrem” e o black “desce” e já não fica mais com o mesmo peso.
2. Utilize produtos adequados
E já que a literatura sobre o assunto demonstra que os cabelos crespos são mais suscetíveis à quebra, a palavra de ordem é cautela. Escolha os produtos utilizados para coloração e descoloração com muito cuidado para reduzir ao máximo os danos causados à fibra capilar. No mercado brasileiro já existem várias tinturas e tonalizantes específicos para cabelos cacheados e crespos: mais suaves e livres de amônia. Também existem descolorantes sem amônia, que realizam um processo de descoloração um pouco mais lento (mas eficiente).
3. Não esqueça dos cuidados pré e pós coloração
Quem pretende mudar a cor dos cabelos precisa estar preparada porque fios quimicamente tratados demandam cuidados mais intensos. Os processos de coloração e descoloração danificam a fibra capilar e podem deixar os cabelos crespos mais porosos e com aparência ressecada. Tanto na etapa de pré-coloração quanto no pós-coloração, o cronograma capilar pode ser um bom aliado. Mas para quem não tem tempo para estabelecer uma rotina de cuidados mais organizadinha, a incorporação de alguns elementos no dia-a-dia pode ajudar bastante também. Capriche nas máscaras de reconstrução compostas por queratina, colágeno, arginina, etc; invista também em finalizadores encorpados, ricos em manteigas vegetais como manteiga de murumuru, manteiga de ucuúba e óleos vegetais como o óleo de jojoba e o óleo de buriti. Outro item que auxilia no tratamento dos fios coloridos/descoloridos é o d-pantenol, que vai muito bem nas receitas de borrifador.
Outras dicas úteis: Cuidados pré e pós coloração para cabelos cacheados e crespos
4. Truques simples podem ajudar
Quando a gente descolore o mesmo comprimento de mecha repetidas vezes, os fios vão perdendo massa e ficam cada vez mais finos e fragilizados. Por isso mesmo, um truque muito utilizado pelas “camaleoas” que amam trocar a cor dos cabelos é descolorir apenas a “raiz”, ou seja: apenas o cabelo novo que vai crescendo na cor natural.
Como eu sou dessas que gosta de praticidade, nunca troquei a cor do meu cabelo por completo, só faço mechas distribuídas pelo comprimento e pontas em maior ou menor quantidade. Isso facilita a manutenção dos fios já que a raiz não precisa ser retocada com frequência. Além disso, a escolha por mechas é uma opção menos “radical” porque propicia uma mudança gradual da cor.
Outro “truque” importante é cortar o cabelo de tempos em tempos. Cabelos quimicamente tratados sofrem com a ação não só das colorações e descolorações mas também de outros agentes externos como o sol. Tudo isso contribui para o envelhecimento dos fios, que podem exibir pontas mais ralinhas e sem vida. Para renovar o visual e devolver movimento aos fios, um bom corte é muito importante! Então não tenha medo da tesoura!
5. Respeite o limite do seu próprio cabelo
Quanto mais a gente muda a cor do cabelo, mais possibilidades quer experimentar! Eu mesma já usei vermelho, chocolate, loiro mel, roxo e azul (foto de capa), preto azulado, cobre, etc. Mas todas as mudanças precisam ser feitas por um profissional qualificado e devem respeitar o limite dos fios.
O teste de mechas é essencial para saber se o cabelo vai resistir a uma coloração e/ou descoloração. Além disso, existem alguns sinais muito evidentes de que a saúde dos fios não vai nada bem: ressecamento intenso, aparecimento de nós e dificuldade para desembaraçar, quebra, excesso de frizz, dificuldade para fixação da cor, etc. Tudo isso indica que está mais do que na hora de parar! Aí não tem jeito: é preciso buscar por tratamentos adequados e dar um tempo nas mudanças.
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