Na semana passada eu tive a oportunidade de comparecer à uma palestra que se tratava de minorias na internet. Abrangendo o assunto, discutiu-se sobre o feminismo e o racismo. A palestrante soltou uma frase que martelou minha cabeça o suficiente para trazê-la aqui:
Você pode olhar para uma pessoa e tentar entender o sofrimento dela, mas você nunca vai sentir a dor que ela sente. Não tente diminuir a dor de ninguém, porque ela não é sua.
Ela se referia à algumas pessoas tratarem o racismo como algo que deve ser jogado para debaixo do tapete e não pode ser discutido – afinal, para tantos brasileiros, o racismo não existe -. E o feminismo ser tratado como “radical”, “desnecessário”, “extremista”, etc, principalmente no quesito “por quê homens não podem ser feministas?”
Façamos uma análise sobre isso, ok? Imaginem, só imaginem, uma menina que era abusada pelo próprio pai enquanto era criança e sempre foi tratada com indiferença na família, mesmo todos sabendo do que acontecia. Apanhava de coleguinhas na escola, ouvia da sua mãe e professoras que, por ser mulher, deveria se comportar, sentar de tal forma, não usar roupas curtas.
Essa menina crescerá num ambiente oprimida, sem voz, sem apoio. Essa mulher vai encontrar amparo e voz no movimento feminista. E não, isso não vai apagar nada do que lhe aconteceu, mas ela tem a chance de impedir que aconteça com outras.
Agora me digam: por mais emocionadx, por mais que você chore ouvindo alguém lhe contar essa história, não foi você que passou por isso. Você, por ser homem talvez, NUNCA vai entender o que é se sentir culpado por ser estuprado, ter que “se comportar” (se não alguém pode abusar do seu corpo, afinal, você está pedindo pra isso).
Você, mulher, talvez possa ter passado por algo parecido (nesse caso eu realmente sinto muito) e não sentir a mesma dor que ela. Talvez você tenha “superado” isso e “deixado pra lá”, mas ela não. Ela foi atrás. Você não está errada e nem ela. Vocês só lidaram com a situação de formas diferentes. Se foi bom pra você deixar pra lá? Ótimo! Mas pra ela não foi o suficiente. Mas o ponto é esse: ninguém tem que reagir da mesma forma que você, fazer o que você acha que é certo. A dor não é a mesma que a sua, portanto não tente diminuir a dor de ninguém.
Dói? Dói. E você pode tentar, mas não é protagonista da dor, por mais que queira entender. Então respeite.
Ninguém entra em qualquer luta porque está a toa. Temos um motivo, um objetivo, uma história de vida até aqui. Isso é sobre o movimento feminista e sobre a transição capilar.
Não importa o motivo que levou você a assumir o seu cabelo, mas você tem uma história até aqui. O que você passou, como passou, ninguém passou/passará igual. Quando alguém diz que seu cabelo é ruim, não leve na brincadeira. Isso não é, como muitas chamam, “opinião” de ninguém. Isso é preconceito e muitas vezes um racismo enraizado.
“Mas eu falei brincando”
Não, eu não compro essa. Essas brincadeiras se escondem um fundo de verdade. Essas brincadeiras já me fizeram alisar o cabelo pra, inutilmente, tentar me encaixar num padrão de beleza ao qual não pertenço. Essas brincadeiras já me fizeram chegar em casa e passar a tarde toda chorando por ser quem eu sou. Essas brincadeiras já me fizeram odiar meus pais (por que não me fizeram com cabelo “bom”?), já me fizeram querer mudar de sala, de escola.
Essas brincadeiras fazem, todos os dias, uma criança se olhar no espelho e odiar seu cabelo, sua cor de pele, sua origem. Fazem-a afastar dos amiguinhos e crescer complexada consigo mesma. Essa criança se torna um adulto inseguro e que repete as mesmas brincadeiras, de tão natural que se tornaram.
Essas brincadeiras não são brincadeiras e precisamos parar esse ciclo. Não deixem brincar com sua dor, não deixem diminui-la.
Se você nunca passou por nada disso, acredite, vivenciamos isso todos os dias e isso deve ser discutido e DESCONSTRUÍDO.
Novamente, não deixem diminuir sua dor.
*Texto redigido em resposta à comentários de algumas leitoras que relataram “não vivenciar o racismo e preconceito que discutimos no blog”.
Blog Comments
Laís
26 de abril de 2015 at 23:39
Muito legal! Parabéns pelo texto!!! Além de me relembrar situações que passei – e passo – até os motivos que me levaram a relaxar os cabelos para ‘abrir os cachos’ e depois o que me fez assumir quem eu sou. Refleti sobre meu modo de agir quando era pre adolescente e resolvi alisar porque tinha pavor do volume dos meus cachos, e mesmo assim só vivia com os cabelos presos porque achava que era feio cabelo cacheado com volume, sem falar no processo de ter que pentear, coisa que eu fazia achando que era o jeito certo e o cabelo nunca ficava ‘no lugar certo’ mesmo untado com 2kg de creme ou quando a mae repuxava na frente porque o calo tinha que ficar lambido. Não que eu não gostasse de cachos (eu fazia fitagem com trança no cabelo relaxado, va entender…) eu só nao sabia (agora sei um pouco) lidar com eles , fazer penteados, nutrir pra nao ficar ressecado, mal tinha dicas ou referências que me ajudasse a cuidar. Tou (re)aprendendo a mexer com os cachos dessa vez com mais carinho, tou muito feliz, obrigada, sem química, mas em outra luta com o projeto rapunzel .
Ana
27 de abril de 2015 at 14:48
Oi Laís! Aprender a cuidar do nosso cabelo (e a conhecer também) é um dos maiores desafios, mas os principais também para nossa autoaceitação. Beijos!
THAIS SILVA
27 de abril de 2015 at 09:22
Eii!
..Essas brincadeiras já me fizeram alisar o cabelo pra, inutilmente, tentar me encaixar num padrão de beleza ao qual não pertenço. Essas brincadeiras já me fizeram chegar em casa e passar a tarde toda chorando por ser quem eu sou. Essas brincadeiras já me fizeram odiar meus pais (por que não me fizeram com cabelo “bom”?), já me fizeram querer mudar de sala, de escola.
Essa frase descreve totalmente a minha infância e toda dor e culpa que arrastei por não me encaixar no ideal de beleza imposto pela mídia! Não devemos aceitar e sim lutar contra esse ideal que nos oprime.
Esse ideal capitalista que nos impõem a comprar compulsivamente para tentarmos nos enquadrar num modelo !
Ana
27 de abril de 2015 at 14:47
É triste né Thais? E pensar que muita gente ainda passa por isso, tem que acabar!
Josiane Paixão
23 de junho de 2015 at 17:15
Meus olhos encheram de lágrimas nessa parte porque, sim também passei por isso! Tem que acabar, somos lindas como somos!
Talita Ferreira
27 de abril de 2015 at 14:30
Post incrível.. Parabéns!
Fico imaginando quantos meninos e meninas sofrem esse preconceito todo. Meu cabelo é 2c.. E ainda que não seja definido vivo ouvindo piadinhas na faculdade.. Indiretas.. Até em conversas entre colegas elas sempre questionam porque não aliso.. Acho que meu marido sofre muito mais que eu até.. O dele é bem cacheadinho.. E compridinho.. Os caras vivem falando besteira pra ele.. Mas vamos lá, por um mundo onde as diferenças sejam respeitadas..
Ana
27 de abril de 2015 at 14:46
Obrigada, Talita <3
Carol Costa
28 de abril de 2015 at 13:13
Infelizmente, diminuir a dor do outro é bastante comum em nossa sociedade. Quantos não acham que discutir sobre cabelo é uma frivolidade? Quantos não acham bullying uma bobagem? Quantos não acham que lugar de mulher é na cozinha? Em público muitos negarão, mas vez ou outra escapa um comentário malicioso, uma piadinha sem graça. Por isso é tão importante o trabalho daqueles a discutir e desconstruir esses discursos. Parabéns pelo post Ana!
http://dibobis.blogspot.com.br/
Ana
28 de abril de 2015 at 20:04
Oi Carol, muito obrigada! Adorei seu blog <3
Débora Souza
3 de maio de 2015 at 14:31
Excelente Post! Me identifiquei bastante. Na escola que estudei até o 4° ano faziam piada por eu ser negra e ter cabelo crespo, mesmo sem saber que isso acontecia minha mãe começou a relaxar meu cabelo dizendo que era pra “soltar os cachos” e diminuir o volume. Hoje em dia dou graças a Deus por estar na escola que estudo, porque lá debate temas como racismo, entre outros, e depois disso passei a assumir o meu cabelo, muitas pessoas elogiam eu ter assumido o cabelo, mas muitas pessoas tbm falam pra alisar dizendo que não vou consegui ficar com o cabelo volumoso- me disseram isso utilizando o termo “juba”- porem esses tipos de comentários negativos não me influenciam mais, depois de ter assumido o meu cabelo é que me sinto totalmente eu.
Ana
3 de maio de 2015 at 19:04
Oi Débora!
Por isso é importante o nosso empoderamento: quanto mais empoderadas somos, mais fica difícil de se abalar com “opinião” dos outros. Seguimos na luta, empoderando todas <3 Beijos!
Crislaine
13 de maio de 2015 at 10:19
Post maravilhoso. Vcs são a minha inspiração para não desistir.
Obrigada!!!!
Ana
13 de maio de 2015 at 15:34
Que fofa Crislaine <3 o que precisar estamos aqui! Beijos!
Camila
14 de maio de 2015 at 12:29
Adorei o texto! Muitas de nós não pararam pra pensar em como foram reprimidas durante a infância/adolescência. Eu sou uma delas. Sempre tive cabelo enrolado e sempre achei o máximo, mesmo ouvindo durante toda a infância que eu era “desgadeiada”. Tias sempre dizendo “vamos fazer uma escova? Uma touca (chapinha ainda não era comum na época)? Eu acabava cedendo pra agradar, mas detestava o resultado, afinal, não era eu e era contra a minha vontade. Na adolescência toda essa segurança infantil foi embora e quando as pessoas me davam apelidos (ex: Valderrama, cabelo de bolinha etc.), eu me sentia a garota mais feia e zoada da escola. Essa história de culpas os pais pelo cabelo “ruim” acontecia muito comigo. Tenho uma irmã mais nova com o cabelo liso e vivia me comparando a ela, questionando o porquê de ela ter nascido com o cabelo “bom” e eu não. Vê se pode? Claro que não aguentei segurar a onda e fiz progressiva durante muitos anos. Há 3 anos, quando percebi que a opinião dos outros não era importante e com isso dei um boost na minha autoestima, parei com toda essa química alisante e desde então tento dar forma novamente ao meu cabelo e aprender, com calma, a tratá-lo da melhor maneira, para que fique saudável, hidratado e cacheado, como deve ser. Conheci seu blog ontem e estou adorando as dicas! Fico muito agradecida. Parabéns!
Ana
14 de maio de 2015 at 16:02
Oi Camila! Agradecemos seu depoimento, é muito importante pra que muitas percebam que também passaram por isso e mais ainda para que elas evitem que aconteça novamente com seus filhos, primos, etc… Beijos!
Rayssa Kellen
15 de maio de 2015 at 10:39
Me emocionei viu….. nos estamos sujeitas a qualquer tipo de racismo, eu particularmente nunca sofri , quer dizer nunca chegaram pra mim, nem me jogaram indireta, só se falam pelas minhas costas e eu não ouça. Sou NEGRA com muito orgulho tenho cabelos cacheados em fase de transição, mas estou chegando la!!!! Muito tempo me prendi aquele padrão de beleza que essa sociedade preconceituosa nos impõe, e cair na besteira de alizar meu cachos,( se arrependimento matasse…..) não estou generalizando, mas que a verdade seja dita. Hoje tenho 17 anos estou assumindo meus cachos nunca sofre preconceito nem em casa muito menos na escola, pois fui forte e nunca aceitei que fosse motivo de chacota, acho que quando agente se impõe e não aceita certas ignorâncias nos tornamos cada vez melhores e diferentes de muitas gente por ai. Sou feliz, me aceito e quanto ao resto …… ha eu nunca precisei de resto pra ser feliz mesmo. #EstamosJuntasCacheadoas
Ana
16 de maio de 2015 at 14:46
Isso mesmo, Rayssa <3
Camila
15 de maio de 2015 at 23:27
A sensação que tenho é que o preconceito nem é velado. Tá mais pra calejado. Quem chega aqui falando ah isso nunca aconteceu, é pq ja nem se dá mais conta. A minha mãe é morena, eu sou uma morena mais miscigenada e ela vira e mexe fala algo que cabelo cacheado não fica bonito em mim, que o ideal é dá uma escova( pra que fique o fio liso né), e sinceramente tem vezes que falo, me aceita do jeito que eu sou! As pessoas falam, sem nem nos da a chance de saber se nós mesmas gostamos, é muita pressão pra uma cabeça só né
Ana
16 de maio de 2015 at 14:44
Concordo com você, Camila :)
Jéssica Santos
29 de maio de 2015 at 20:08
Oi, adorei o texto!
Estou passando pela transição e está sendo muito difícil pra mim.
Antes de procurar informação eu já fui logo cortando o cabelo na pressa de tirar logo grande parte do cabelo alisado. Mas ainda falta crescer bastante. Eu não consigo arrumar meu cabelo de uma forma que fique legal, que eu me sinta bem. A única forma que eu me sinto mais ou menos é quando coloco faixa, lenço.
Já fiz algumas texturizações, mas tbm não achei que ficou muito bom.
Estou me sentindo feia!
E eu não estou nem sabendo como cuidar do meu cabelo, da parte cacheada que já cresceu.
Mas não quero deSistir. Cansei da escravidão do alisamento. Quero lembrar como meu cabelo realmente é. Aliso a tanto tempo que nem sei mais.
Ana
30 de maio de 2015 at 09:26
Oi Jéssica! Aposto que você ta maravilhosa! É uma questão de costume, é bem diferente e é difícil de se adaptar, mas vá fazendo de tudo pra se sentir bem e vá conhecendo o seu cabelo aos poucos <3 conte com a gente!
Adriana Ninha
16 de junho de 2015 at 10:28
Bom dia galera!
Sou Adriana Ninha, conheci o blog ontem enquanto buscava uma solução para meu cabelixuu, neste frio e cinza começo de inverno, e encontrei mais respostas… Fico muito contente por vocês terem a iniciativa de reunirem cuidados pessoais físicos aos cuidados sociais, emocionais, psicológicos e de gênero. Realmente bacana a proposta. A discussão aqui levantada é muito válida, é necessário sair desta cultura de velar, ocultar e disfarçar as muitas formas de violência que sofremos e muitas vezes causamos (ainda que sem perceber), e sim, temos que aprender a dizer não, não concordo, não gosto, não aceito isto ou aquilo por este motivo, por aquele motivo lá… Obrigada pelo espaço, muito bom mesmo!!!
Ana
16 de junho de 2015 at 13:00
Oi Adriana! Muuuuito obrigada por nos acompanhar. Esperamos melhorar cada vez mais com sua ajuda. Beijos <3
Ana Beatriz
18 de junho de 2015 at 19:23
Nossa ! eu entendo, já sofri muito com isso, mas agora não me deixo levar por estas “brincadeirinhas” ….
Vou continuar na luta para ficar totalmente cacheada, mesmo estando com 2 texturas no cabelo (obs: não consigo cachear minhas pontas de progressiva , estou aprendendo com o cacheia como cuidar dos cachos) mas, estou muito feliz com meus cachinhos, pois, foi o cabelo que Deus me deu e agora me arrependo muito de ter alisado , estou amando meu natural , só quero aprender como lidar com eles.
As vezes, porque estão com 2 texturas opto por pranchar para sair, faz mal pranchar os cachos ? não prancho diariamente só como última opção e uso protetor térmico.
Ana
21 de junho de 2015 at 16:27
Oi Ana! Temos umas dicas aqui pra você: http://cacheia.com/2014/09/como-sobreviver-a-transicao-capilar/
Beijos!
Ana Beatriz
21 de junho de 2015 at 19:05
Obrigada Ana !!
Parabéns pelo site, beijos !!
Ana
26 de junho de 2015 at 12:58
Obrigada, Ana <3
Adilma
18 de junho de 2015 at 21:47
Oeeee Ana hoje foi difícil me olhava e avontade era da um geito na raiz do meu cabelo, mas pensei e comecei a alhar imagens na net de cabelos lindos e bem cacheados. E ai ganhei força. Vou continuar.
Ana
20 de junho de 2015 at 15:34
Força, querida <3
MAYARA
3 de agosto de 2015 at 22:05
Muito maravilhosa a iniciativa e o texto é diretamente oportuno para tudo que vivemos. Já passei por várias dessas situações. E para que, pensa que não existe preconceito se atualize. Abraços
Eu sou transição capilar
Ana
4 de agosto de 2015 at 12:12
Oi Mayara! Muito obrigada <3 beijos pra você!
Viviane
28 de agosto de 2015 at 09:13
Oi Ana, bom dia.
Achei lindo o que você disse e não apenas isso você está totalmente certa, eu me vi em tudo o que você escreveu sore a transição capilar eu também não engulo e nunca vou engolir essa de “seu cabelo é ruim” e que e isso é “apenas uma brincadeira” NÃO isso NÃO É APENAS UMA BRINCADEIRA é um racismo que existe a muito tempo e foi esse racismo que também me fez muitas vezes chegar em casa olhar no espelho e chorar muito por não gostar do meu cabelo, foi esse racismo que me fez alisar meu cabelo por muitos anos porque como você mesma disse “meu cabelo não era uma cabelo bom” e que me fez brigar muitas vezes com meus pais porque eu não ter nascido com meu cabelo “bom igual o das outras meninas” diversas vezes eu quis mudar de escola ou de sala de aula porque algum “coleguinha” dizia que meu cabelo era “duro, ruim, bombril, palha de aço, durão, me empresta um pedaço do seu cabelo para eu lavar a panela da minha casa” enfim por essas brincadeiras de péssimo gosto, brincadeiras racistas por falta de educação, porque tudo isso é influência que vem de casa. Não existe essa de “nossa como seu cabelo é ruim ou duro” não ruim é o racismo do ser humano e duro é coração que ele carrega no peito, somos todos iguais perante a Deus e quando morrermos seremos todos iguais. Não é porque uma pessoa tem cabelo liso que depois que morrer vai ser melhor do que uma pessoa com cabelo liso ou vice e versa somos e seremos todos iguais, todo mundo ficará enterrado sete palmos abaixo da terra. Eu amo ser negra e amo estar passando pela transição vale muito a pena tudo que eu estou passando. Enfim estou com você e muito obrigada por descrever tudo o que muitas negras, cacheadas/crespas passam e não tem coagem de falar. E muito obrigada pelo seu blog ele é maravilhoso.
Um beijo enorme. :)
Ana
28 de agosto de 2015 at 18:10
Oi Viviane! Fico extremamente feliz com seu comentário, é ótimo ter a participação das leitoras e elas se reconhecerem nos textos que escrevemos. O racismo não passará!
Beijos <3
Pryscylla Monique
28 de outubro de 2015 at 20:10
Post mais que maravilhoso,agradeço muito por vocês existirem e por sempre estarem doando um tempo para nos ajudar.Estou em transição tem pouco mais de um mês e é a vocês que devo ao fato de ainda não ter desistido e a cada dia me aceitar um pouquinho mais,aceitar o meu cabelo,aceitar a minha raiz (que de feia ou vergonhosa não tem nada).Obrigada meninas,beijos!
Ana Catarina
30 de outubro de 2015 at 20:35
Agradecemos a você por confiar na gente, Pryscylla. Força na transição <3
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, uma história pra contar | Delírios&desvarios
14 de abril de 2016 at 08:34
[…] se disser que é porque tem “cabelo ruim” vamos fazer uma pausa rapidinha aqui: amiga, não existe cabelo ruim. Existe preconceito. Existe racismo. Ruim é ter que ouvir isso. É extremamente ofensivo. Reveja […]
Paula
14 de outubro de 2017 at 00:29
Sei que to meio atrasada esse post eh bem antigo haha mas so encontrei ele agora. li uns comentários dizendo o quanto as meninas sofreram com comentarios e eu fico pensando nossa, fui sortuda entao. alisei meu cabelo aos 13 anos quando fui viajar sem a minha mae pra ficar mais facil de cuidar. desde entao venho alisando e parei ha mais ou menos 6 meses. antes de ter alisado meu cabelo era bem cacheado mas eu nao cuidava dele. nao penteava so acordava de manha prendia ele atras num rabo de cavalo horrivel e saia. eu era ridicula mas por algum motivo nunca sofri bullying e nunca me xingaram de nomes por causa disso. era quase como se ngm percebesse, tive sorte nesse aspecto. claro q mesmo liso eu nao cuidava haha nem penteava pq nao tinha paciencia mas pelo menos eles estava liso. era bem mais facil. cansei do liso quando ele resolveu deixar minhas pontas todas finas quebradiças e bucha. mais ou menos no começo do ano reparei que ele estava enrolando nas pontas e pensei, ooooxe, mas n tem quimica ai nao?? foi ai q eu lembrei q meu cabelo eh cacheado e decidi parar de gastar com alisamentos. cortei ele aos 5 dedos de raiz e adorei meu look novo huehe agora eh so dar umas apertadinhas que os cachinhos estao ali, mais pra nuca e fico o dia todo brincando com eles e os olhando no espelho. ainda nao completei a transição mas devo dizer que minha parte alisada esta se comportando muito bem e com os blogs e produtos me ajudando, vou passar divando por essa transição. <3